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Esculturas, quadros, cantil e quimono: os presentes que Lula ganhou no exterior

Lista do Planalto relaciona 36 presentes recebidos nas viagens internacionais feitas pelo presidente desde o início do atual mandato

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Homem leva presente para Lula em hotel em Xangai, na China
1 de 1 Homem leva presente para Lula em hotel em Xangai, na China - Foto: Metrópoles

A lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens que fez ao exterior desde o início de seu terceiro mandato soma 36 itens e inclui tabuleiro de xadrez, bolsas, quimono, recipiente para licor, relógio de mesa, esculturas e vasos.

Lula foi presenteado tanto pelos governos dos países que visitou quanto por empresas privadas.

Na China, por exemplo, ele ganhou miniaturas de carros da fabricante de automóveis elétricos BYD, com a qual o governo negocia para assumir a antiga planta da Ford na Bahia, um prato decorativo da companhia de energia chinesa State Grid e um um vaso ornamental da gigante de tecnologia Huawei.

Do presidente Xi Jinping, Lula recebeu um prato decorativo, uma bolsa, um quadro e um vaso. O Partido Comunista Chinês também deu um vaso. A Universidade Agrícola do Sul da China presentou Lula com um quimono. Já o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, deu uma escultura.

A Presidência da República diz que não é possível apontar quais dos presentes são pessoais e quais são de caráter público porque isso depende de um procedimento que ainda será realizado.

As informações foram obtidas pela coluna por meio da Lei de Acesso à Informação. Não há, na resposta enviada pelo Palácio do Planalto, detalhes sobre os itens nem mesmo os valores de cada um. A Presidência também não informa quais dos presentes foram oferecidos à primeira-dama, Janja da Silva.

“Pedra de tinta”

Em viagens internacionais, é comum presidentes receberem mimos em profusão. No hotel onde se hospedou em Xangai, por exemplo, um dos integrantes da comitiva abriu caminho entre os seguranças para que chegasse às mãos de Lula uma caixa de madeira ornamentada com inscrições douradas em chinês. O presidente se preparava para um jantar.

Quem fez a caixa chegar à antessala do restaurante foi o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, Moisés Selerges (veja vídeo abaixo). Na ocasião, ele disse tratar-se de um presente ofertado por um “cidadão comum” chinês que seria admirador de Lula. Não foi possível ver o que havia dentro da caixa. Indagado pouco depois, Selerges respondeu que era uma “pedra”.

 

A inscrição na caixa, em chinês, indicava tratar-se de “pedra de tinta”, normalmente usada como base para dissolver tinta nanquim em barra. Trabalhos manuais nesse tipo de pedra constituem uma arte milenar dominada por poucos na China. Os recipientes, esculpidos meticulosamente, costumam ser verdadeiras obras-primas. Na lista agora fornecida pela Presidência, não há menção aparente ao presente. Na planilha, entre os itens recebidos por Lula na China, o único recebido de um popular que aparece registrado é um quadro.

Relógio de mesa, caneta e moedas

Na curta passagem pelos Emirados Árabes, onde esteve ao voltar do giro por Pequim e Xangai, Lula ganhou do governo local um relógio de mesa.

Mais recentemente, na Espanha, o presidente brasileiro recebeu mimos do governo comandado pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez (um tabuleiro de xadrez, com as peças do jogo) e do rei Filipe VI (um licoreiro e cinco moedas). Em Portugal, país que visitou na mesma viagem, Lula ganhou um cantil.

Antes, da visita que fez a Joe Biden, ele trouxe de Washington para Brasília uma caneta e uma escultura.

Lula também ganhou presentes nas viagens à Argentina e ao Uruguai, feitas no início do mandato. O governo uruguaio deu uma pintura, a prefeitura de Montevidéu um troféu e a Câmara dos Deputados argentina, um quadro. Não há registro de presente ofertado em Buenos Aires pelo presidente Alberto Fernández, cujo governo tem enfrentado uma grave crise econômica.

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