A conhecida implicância de Jair Bolsonaro com o governo de Joe Biden tem feito o Palácio do Planalto adiar indefinidamente um encontro solicitado pela embaixada dos Estados Unidos com o presidente brasileiro, como parte de uma rodada de conversas com os candidatos que participam da corrida presidencial deste ano.

A embaixada vem tentando um encontro com Bolsonaro já faz algum tempo, mas até hoje não houve resposta. A desculpa é a de que é preciso arrumar um espaço na agenda presidencial.

Quem tem feito os encontros com os candidatos é o encarregado de negócios da embaixada, Douglas Koneff, já que a missão diplomática americana em Brasília está sem embaixador desde julho do ano passado. Segundo a própria embaixada, as reuniões são uma oportunidade “para o governo dos Estados Unidos ouvir as perspectivas sobre eventos atuais e opiniões políticas sobre questões de interesse mútuo”.

Koneff já se encontrou com os presidenciáveis Ciro Gomes, do PDT, e Simone Tebet, do MDB.

Com o principal adversário de Bolsonaro, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, o agendamento da reunião não foi tão simples. A exemplo do que ocorre com Bolsonaro, os primeiros pedidos à campanha foram feitos há tempos, mas só nesta quarta-feira o encontro será realizado. Koneff se reunirá com Lula em São Paulo.

Representantes da embaixada dizem que reuniões como a agendada com Lula nada têm a ver com os últimos acontecimentos da disputa presidencial, como, por exemplo, a divulgação de pesquisas que apontam o petista como favorito. “Nós planejamos continuar com este esforço para encontrar com todos os principais candidatos presidenciais”, afirmou a embaixada em um comunicado.