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Transar com pessoas do mesmo sexo não é ser homossexual? Entenda

Afirmação de ator pornô sobre o que torna alguém gay ou não levantou discussões sobre o assunto

atualizado

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Close-up of intimate homosexual couple kissing
1 de 1 Close-up of intimate homosexual couple kissing - Foto: Foto: Getty Images

Recentemente, o ator pornô Rico Marlon causou polêmica ao dar uma declaração em que disse: “Na minha opinião, gay é quem sente atração por outro homem, e não quem tem experiências sexuais com outros homens”. Ou seja, para o artista, o ato sexual em si com outra pessoa do mesmo sexo não faz de ninguém homossexual, mas, sim, a atração envolvida.

A máxima faz sentido para pessoas que têm o sexo como instrumento de profissão – a exemplo de atores e atrizes pornô, e garotos e garotas de programa, que, independente da orientação sexual, atendem profissionalmente ambos os gêneros. Mas será que o mesmo vale para a vida pessoal?

De acordo com a sexóloga Tâmara Dias, a afirmação está correta em partes, mas ainda vai além. “Atração sexual e prazer não definem orientação sexual. Posso apenas sentir desejo, chegar à fase da excitação, ter orgasmos, mas isso será apenas momentâneo ou situacional caso não tenha afeto envolvido”, explica.

Em outras palavras, nem a atração sexual sozinha definiria alguém como gay. Segundo a especialista, a homossexualidade é definida por afeto. “Isso acontece se você é capaz de querer além do sexo, sente afeto e estima outra pessoa do mesmo sexo como companheira”, aponta.

A sexóloga ressalta que a atração sexual também está incluída no “ser ou não ser” da homossexualidade, mas que não anda sozinha. Logo, é importante lembrar que a orientação sexual está diretamente ligada à afetividade.

“Gostar de transar com pessoas do mesmo sexo e não sentir afeto. É apenas uma prática sexual. É a mesma coisa de gostar de sexo anal ou oral, são práticas que dão prazer momentâneo”, diz Tâmara.

Para finalizar, a profissional aponta a dificuldade que as pessoas têm em entender e lidar com a própria sexualidade, a necessidade de seguir padrões e manter o que é tido por alguns como “normal”. “Muitas vezes, deixamos de nos permitir por mitos e tabus, mas quando rompemos essa barreira acabamos por descobrir um mundo de possibilidades”, garante.

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