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Parceria não deixa usar sex toys? Saiba como isso afeta o sexo a dois

Especialista explica como abrir mão da individualidade sexual pode surtir efeito contrário e diminuir o desejo no(a) companheiro(a)

atualizado

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Foto: We-Vibe WOW Tech
Sex toys no relacionamento
1 de 1 Sex toys no relacionamento - Foto: Foto: We-Vibe WOW Tech

Um vídeo sobre sexo postado no canal do Youtube de Simone, da dupla com Simaria, deu o que falar nas redes sociais. Em meio ao bate-papo com o convidado, a cantora revelou que seu marido, Kaká Diniz, não a deixa usar brinquedinhos.

“Por exemplo, meu marido é matuto, ele não deixa eu usar essas coisas”, disse. Kaká ainda completou. “Deus me livre. Já tem sobrando, pra quê você quer mais?”, brincou o empresário.

Segundo a terapeuta sexual do Sexo Sem Dúvida Andreia Fiamoncini, ainda existem crenças como as que sex toys são uma espécie de “traição”, algo para pessoas “solitárias” ou uma forma de suprir alguma “falta” no relacionamento.

“Isso tem a ver com ensinamentos culturais e sociais, principalmente sobre o papel do homem e da mulher no sexo. Muitas pessoas se sentem menos homem, menos mulher, menos capaz se tiver algum brinquedo na relação. No entanto, são ideias que não têm fundamento”, explica.

A psicóloga ressalta que os brinquedos sexuais não estão no mercado para disputar poder, mas sim para agregar ao repertório sexual do casal e trazer outras sensações.

Para as pessoas que querem usar sex toys, mas têm resistência por parte do(a) parceiro(a), Andreia afirma que a melhor solução é o diálogo. “O casal precisa conversar para expor seus medos e receios a respeito disso e usar isso a favor”, diz.

Individualidade

Para além das pessoas que não são a favor de usar sex toys dentro do relacionamento, existem também as que nem mesmo permitem que o parceiro(a) use sozinho(a). Neste caso, a especialista explica que é importante lembrar que, antes de haver um casal, já existia um indivíduo. E o prazer é, primeiramente, individual.

Não é possível comparar o sexo do casal, em que um se direciona para o outro e acontece uma troca, com a masturbação, em que a atenção é voltada 100% para si mesmo. Além de serem diferentes, um não anula o outro.

Na verdade, ao contrário do que se pode pensar, anular o prazer individual não fortalece o relacionamento, mas pode causar o efeito contrário e prejudicar o sexo a dois. “A masturbação favorece o conhecimento do próprio corpo e ajuda a descobrir sensações e a melhor forma de sentir prazer. Limitar essa vivência é limitar o desenvolvimento sexual, inclusive do casal”, aponta.

De acordo com Andreia, existem inclusive estudos que mostram que a individualidade contribui para o desejo e prazer sexual. Portanto, abrir mão pode justamente abafar esse desejo. O distanciamento trazido pela individualidade é necessário para um poder olhar para o outro de forma mais completa.

“Abrir mão disso pode levar a uma perda de desejo e interesse na parceria, tanto pela limitação imposta, quanto por ter que “negar” os próprios desejos. Sem contar que a pessoa pode continuar se masturbando escondido e se sentir mal, triste e culpada”, explica.

Logo, para que as vidas conjugal e sexual continuem movimentadas e saudáveis, é necessário conversar e alinhar o que se pensa e o que se sente. “Se a masturbação está ocorrendo porque falta algo, porque o sexo não está bom, então nessa conversa o intuito é buscar melhorar a sexualidade do casal para que não haja uma disputa entre o sexo do casal e o individual”, indica.

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