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Tenente da PMDF que combateu extremistas chora antes de julgamento

Acusado de lesão corporal leve após dar rasteira em extremista, tenente da PMDF se emocionou antes de julgamento

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Tenente Marcos Teixeira
1 de 1 Tenente Marcos Teixeira - Foto: Reprodução

Enquanto algumas autoridades públicas são investigadas por omissão no 8 de Janeiro, outras já responderam por supostos excessos. É o caso do tenente da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marco Teixeira.

Absolvido de acusação após dar rasteira em uma extremista para algemá-la e impedir que fugisse após invadir o Palácio do Planalto, o policial se emocionou em depoimento à Justiça Federal antes do julgamento.

Ao juiz Roberto da Silva Freitas, Teixeira afirmou que “o dia 8 de Janeiro não acabou” para muitos dos policiais envolvidos na contenção dos manifestantes.

“Nós fazemos uma análise do que aconteceu. Graças a Deus, estamos vivos. Como mencionei, eu nunca imaginei passar pelo que nós passamos, mas cumprimos a missão”, avaliou o militar. 

Teixeira foi filmado aplicando um golpe de imobilização em uma manifestante que havia invadido o Palácio do Planalto. Segundo o tenente, as imagens mostram que ele tentava cumprir seu dever naquela data.

“Eu disse para minha esposa que, em qualquer vídeo que saísse, meus filhos não veriam o pai deles fazendo outra coisa que não combatendo. Da minha parte, não houve e não há nenhum tipo de atuação orientada por ideais políticos. Isso é independente. Nós somos polícia de Estado”, declarou.

“Eu sou comandante de um pelotão da tropa de choque da capital da República. Eu tenho consciência das minhas responsabilidades. Então, independentemente do resultado dessa ação penal, eu tenho a consciência tranquila de que qualquer vídeo que eventualmente saia e que fique para a posteridade, ou fotos, etc, vai me mostrar cumprindo meu dever”, disse Teixeira.

Questionado pelo promotor de Justiça Rafael Leandro Arantes Ribeiro sobre o golpe aplicado na manifestante, o tenente descreveu a medida como necessária para impedir que o tumulto aumentasse.

“Todas as outras respostas gerariam mais danos do que aquela que foi adotada. Gerar imobilização imediata, algemamento e condução”, explicou.

“Se ela não fosse imobilizada como eu mencionei, as opções eram permitir que ela e apenas ela não fosse algemada, o que geraria a possibilidade de que outros pleiteassem a mesma coisa, e com certeza geraria; ou a outra opção seria me agarrar com ela e tentar imobilizá-la de outra forma. Graças a Deus, nós tivemos aulas de defesa pessoal que me permitiram, naquela situação concreta, imobilizá-la com a rapidez necessária. Nem sempre isso acontece na rua. Infelizmente, nem sempre isso acontece”, concluiu Teixeira.

Como mostrou a coluna, o tenente também relatou que militares do Exército chegaram a soltar o escudo para correr durante a invasão ao Planalto.

“Os militares do Exército, talvez por não terem treinamento, em duas ocasiões largaram o escudo e correram. Nós (policiais militares) precisamos grudá-los literalmente pela farda e mandá-los voltar”, relatou.

 

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