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Thalita Rebouças lamenta não poder dar abraços no The Voice Kids

Escritora comenta as dificuldades de lidar com os candidatos e familiares respeitando os protocolos de segurança

atualizado

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Fábio Rocha/Rede Globo/Divulgação
Thalita Rebouças no The Voice Kids
1 de 1 Thalita Rebouças no The Voice Kids - Foto: Fábio Rocha/Rede Globo/Divulgação

Na sexta edição do The Voice Kids, que estreia neste domingo (6/5), Thalita Rebouças segue acompanhando os bastidores com os familiares e participantes do programa. Por conta dos protocolos de segurança com a pandemia, cada candidato só pode ser acompanhado por um membro de sua família, mas um link da apresentação é disponibilizado para que o restante dos familiares não perca nenhum detalhe de casa.

A missão de acalmar o coração de quem está presente nos Estúdios Globo e dos parentes que entram de forma remota segue aos cuidados da escritora. O talento dela para o amoroso ofício vem de mais de 20 anos escrevendo livros para o público infantil e adolescente.

“Naquele espaço, eu já vivi episódios maravilhosos. Teve pai que quase esmagou minha mão, mãe que me pegou no colo, pai que dançou comigo quando a filha passou de fase. É muito divertido. Eu sou muito ‘peguenta’ e ‘abracenta’, então, não poder abraçar é muito difícil. Mas estar com as famílias nos monitores enquanto as crianças se apresentam no palco é muito bacana. Estou perto e longe e me emociono às vezes mais do que quando estava de mãos dadas com uma mãe ou um pai”, observa ela.

Você acha que tem ou já teve algo em comum com os candidatos do The Voice Kids? O que seria?
Algo em comum é a vontade de ser artista, a vontade ser escritora num país que não lê… Eu vejo muito naquelas crianças, no sentido de batalhar e de ter coragem, do mesmo jeito que eles têm coragem de subir no palco para milhões de pessoas verem, ter coragem para lançar um livro. Lançar um livro também é botar a cara a tapa e eu me reconheço neles na coragem e na vontade de realizar os sonhos e correr atrás deles.

No que a sua experiência com o público infanto-juvenil mais te ajuda ali no contato com os candidatos e as famílias?
Por eu falar com adolescente e especialmente, pré-adolescente, há 20 anos, e um pouco com criança também, eu aprendi um pouco a falar com eles. Acho que não tem fórmula para falar com eles, é só falar com eles de igual para igual, claro que quando a fofura é muito grande a gente dá uma derretida, mas eu sempre falei com eles de igual para igual. Nunca julguei, nem quis ensinar nada com meus livros. E esse pode ser o segredo dos livros, é não julgar o adolescente, não querer dar lição de moral. E como escritora, eu nunca fui a tia, eu sempre fui a amiga, e eu sou encarada assim por eles. Ninguém me chama de tia Thalita quando me vê. Acho que isso é uma prova de que eles realmente se sentem seguros de falar comigo, não com uma adulta desconhecida que trata eles com tatibitate… E uma adulta que entende, eu realmente entendo o que passa na cabecinha deles porque parece que a minha adolescente está muito viva dentro de mim. Não é a toa que eu já estou aí há tanto tempo escrevendo pra eles.

Por conta do distanciamento social necessário com a pandemia, do que sente mais falta de fazer com as famílias e os candidatos ali na hora e pós-apresentação?
O não abraço é muito difícil. Mas agora me sinto abraçada, porque na verdade eu não estou só com um familiar, eu também estou com vários outros familiares, que estão nos monitores.  Nunca achei que fosse dizer isso, quando esse inferno passar, na próxima temporada, eu espero que tenha familiares no monitor e abraço do pai ou da mãe perto de mim. Isso vai ser o melhor dos mundos.

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