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Fantástico estreia série sobre abusos cotidianos contra mulheres

Fatima Bernardes, a atriz Samara Felippo e a escritora Conceição Evaristo falam sobre pequenas violências que atravessam o universo feminino

atualizado

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Isadora Neumann/Rede Globo/Divulgação
Ana Carolina Raimundi
1 de 1 Ana Carolina Raimundi - Foto: Isadora Neumann/Rede Globo/Divulgação
Você já foi interrompida no meio de uma frase? Ouviu alguém dizer que já passou da idade? Alguém já tentou te convencer de que é loucura da sua cabeça algo de que você tem certeza? Isso Tem Nome é a nova série do Fantástico, que estreia neste domingo, dia 24. A repórter Ana Carolina Raimundi ouve especialistas e mulheres – como a apresentadora Fátima Bernardes, a escritora Conceição Evaristo e a atriz Samara Felippo – para, em três episódios, revelar que encontrar a palavra certa para situações incômodas pode ser um atalho para curar feridas, melhorar a autoestima e até denunciar um crime.
“A minha inquietação pessoal me levou a buscar entender as pequenas violências que atravessam o universo das mulheres desde o início da vida. Nunca tinha parado para pensar por que é deselegante perguntar a idade de uma mulher e não é assim com os homens. Por que nas histórias infantis o homem velho é o velho sábio, enquanto a mulher velha é a bruxa? Por que a mulher ouve que se não ceder nisso ou naquilo vai terminar sozinha? São esses e outros questionamentos que eu levei para o projeto Isso Tem Nome”, adianta a repórter Ana Carolina Raimundi.
Apesar de ainda pouco conhecidas, as palavras abordadas pela série já existem e explicam algumas situações vividas por mulheres. Etarismo, por exemplo, significa discriminação por idade. Outras só existem em inglês, como gaslighting, uma forma de manipulação psicológica na qual o abusador mente, distorce a realidade e omite informações para que a vítima duvide de sua memória e até da sua sanidade mental. E mansplaining, expressão usada para se referir a homens que querem explicar tudo para as mulheres, como se elas não tivessem capacidade de entender sozinhas. É mais comum que essas situações afetem as mulheres, mas não apenas elas. “Não é um quadro para mulheres, mas sim sobre mulheres”, conclui Ana Carolina Raimundi, que contou com o apoio de uma equipe feminina para a realização do quadro.

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