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Piano ao cair da tarde: Lula e as enormidades piramidais sobre Israel

Como o Brasil não tem importância no grande contexto internacional, a fala de Lula é irrelevante. Mas nem por isso deixa de ser chocante

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Ricardo Stuckert/Presidência
Imagem colorida de Janja e Lula nas pirâmides de Gizé, no Egito - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Janja e Lula nas pirâmides de Gizé, no Egito - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Lula está no Egito dizendo enormidades piramidais sobre Israel, como era previsível. Deveríamos pagar para ele só fazer turismo. Ao lado do presidente egípcio, o presidente brasileiro disparou o seguinte:

 “O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e o sequestro de centenas de pessoas, e nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista. Mas não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel: a pretexto de derrotar o Hamas, está matando mulheres e crianças, coisa jamais vista em qualquer guerra, sabe, que eu tenha conhecimento.”

Como o Brasil não tem a menor importância no grande contexto internacional, a fala de Lula é, por tabela, irrelevante. Mas não é por ser irrelevante que ela deixa de ser chocante nas suas mentiras e distorções.

A condenação ao Hamas foi tão veemente que Lula e o Itamaraty não citaram o grupo terrorista nas suas primeiras manifestações sobre o atentado em Israel. A simpatia quase amor pelo Hamas é tanta que, mesmo agora, o presidente brasileiro tenta dissociar o grupo terrorista do atentado. 

Ele condena “a posição do Hamas no ataque a Israel e o sequestro de centenas de pessoas”. Não há posição coisa nenhuma: o autor do massacre foi o Hamas e o seu idealizador, o açougueiro Yaya Sinwar, líder do grupo terrorista que se cercou de reféns para não ser morto ou capturado pelo exército israelense. Mas Lula não pode dizer diretamente que o ataque é obra do Hamas, porque, sabe como é, companheiro, estamos juntos na “causa palestina”.

Ao fustigar Israel, chegando ao cúmulo de dar a entender que o exército israelense mata mulheres e crianças por prazer, ele finge ignorar que coisa jamais vista é o tipo de atrocidade que o Hamas cometeu em solo israelense. Três mil terroristas invadiram o país para executar, torturar, estuprar e sequestrar centenas de civis, dentre os quais muitas mulheres e crianças. Deram mostra do verdadeiro objetivo do Hamas: exterminar os judeus, aos quais chamam de “cães”.

Qualquer país que se visse na situação de Israel teria a mesma reação ou até pior. Se os israelenses quisessem perpetrar um genocídio de palestinos, eles bombardeariam Gaza ainda mais pesadamente do que vêm fazendo e não alertariam os civis para se distanciarem dos alvos.

Repita-se: a morte de muitos civis em Gaza é meta declarada do Hamas, que os usa como escudos humanos em território demograficamente denso e comemora as milhares de baixas palestinas, porque elas recairão apenas sobre as costas israelenses, dada a cumplicidade da imprensa, que cita ridiculamente o “Ministério da Saúde do Hamas” para divulgar números de mortes não verificados por fonte independente. O Hamas mata palestinos pelas mãos de Israel.

A realidade é detalhe insignificante. Para a esquerda mundial, Israel é representante do “branco colonizador capitalista” no Oriente Médio e, olha, merece ser atacado, viu? O antissemitismo se traveste agora, cinicamente, de “antirracismo” e “anticolonialismo”. 

Sob pretexto de defender a tal “causa palestina”, o governo Lula adota uma posição antissemita. Isso não é de hoje. No seu primeiro mandato, o petista recebeu festivamente a visita do então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e depois foi visitá-lo festivamente em Teerã, ao lado daquele outro notório democrata, o presidente turco Recep Erdogan.

Mahmoud Ahmadinejad é perfeito representante da escória que se lambuza no antissemitismo. Como tal, relativiza o Holocausto e afirma que “o direito de Israel existir é uma questão para os palestinos”. Direitos humanos? Não existem. Poucos dias antes da visita de Lula e Erdogan a Teerã, cinco oposicionistas aos aiatolás foram executados, depois de terem sido torturados. 

Na ocasião, Lula não deu um pio sobre essas execuções no Irã, palco de um dos regimes mais tirânicos do mundo, que oprime e assassina mulheres por serem mulheres. O petista abraçou Mahmoud Ahmadinejad, assim como abraça os ditadores latino-americanos que lhe são caros. Afinal de contas, não são judeus. É esse o homem que pretende dar lições a Israel. 

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