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Live commerce: o poder do vídeo nas compras on-line

Rodrigo Ricco, CEO da Octadesk, mostra como as vendas por esse meio podem impactar no futuro dos negócios

atualizado

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Live commerce
1 de 1 Live commerce - Foto: Thirdman/Pexels

Quando um novo cliente aparece na porta da loja física, automaticamente você o cumprimenta e dá início às interações. O que poucas pessoas sabem é que antes mesmo desse contato, a experiência de compra já está ocorrendo. Seja por meio da exposição dos produtos na vitrine ou até mesmo com as opiniões de amigos. E para quem tem e-commerce não é diferente.

Levantamento da CX Trends 2022, realizado pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, revela que uma boa experiência continua sendo crucial quando o assunto é conversão de vendas. A pesquisa mostra que 62% dos consumidores desistiram de uma compra por conta de uma experiência ruim durante o processo de aquisição de um serviço ou produto. Ou seja, em média, a cada três pessoas que decidem fazer uma compra, duas desistem por conta de uma vivência negativa.

Com o avanço da tecnologia, a transformação digital afetou claramente a maneira como fazemos negócios hoje. As redes sociais, aplicativos e sites auxiliam nas demandas do dia a dia. No entanto, existem alguns casos que um toque de interação humana pode dar um “plus”. O Live Commerce, conhecido como shopstreaming ou live stream shopping, chega para preencher exatamente essa lacuna, combinando a experiência de compra na loja com a conveniência on-line.

A transmissão ao vivo de um comércio eletrônico, onde ocorrem interações em tempo real entre compradores e vendedores, pode ser um excelente atrativo. Essa modalidade pode ser utilizada para dois fins: vender efetivamente um produto ou simplesmente criar uma conexão com os espectadores.

Essa tendência de compras ao vivo teve início na China em 2018 e ganhou ainda mais força com o avanço do isolamento social imposto pela Covid-19 em 2020. Nesse período, a necessidade exigiu que as empresas se reinventassem, disponibilizando mais um canal de ativação. Muitas empresas migraram para o on-line e a transformação digital se potencializou. As lives conquistaram seu espaço, impactando pessoas que ainda não estavam prontas para comprar on-line.

Dados da CX Trends 2022 mostram que o YouTube é um dos principais canais utilizados para pesquisar produtos durante uma pré-compra. Recomendações de outros usuários e até mesmo de influenciadores podem também auxiliar na reputação e no apoio durante a tomada de decisão.

49% dos participantes afirmam que buscam comentários na página do produto e 45% decidem pela compra após a indicação de amigos e familiares. Ou seja, o primeiro passo da jornada de compra, muitas vezes, começa pela pré-experiência. E é exatamente por isso que as marcas precisam, sim, se preocupar em produzir conteúdo com informações relevantes e garantir experiências diferenciadas.

Uma dica que tenho é: aposte em influencers para ajudar a expandir seu alcance. Com uma boa base de seguidores e com alto engajamento em relação ao público da sua marca, esses profissionais interagem e transmitem opiniões sinceras que acabam conectando naturalmente com o seu público. Outra oportunidade do Live Commerce é oferecer descontos, conteúdos específicos e até mesmo vendas exclusivas que ficam ativas apenas no período da live. Assim, é possível aproveitar a comunicação com os interessados, obter conversões de vendas e gerar uma base de leads.

O futuro é agora. E se lembre: tudo que o cliente lê e vê sobre a marca influencia na decisão final. Está nas mãos deles se vão ou não se relacionar com o seu produto.

Formado em Marketing, Rodrigo Ricco é CEO da Octadesk.

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