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Edu Simon apresenta a Galeria Estratégia e Comunicação

Ao Metrópoles, ex-sócio da DPZ&T comenta o modelo de negócios da nova agência, voltada à estratégia criativa aliada ao uso de dados

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Edu Simon apresenta Galeria
1 de 1 Edu Simon apresenta Galeria - Foto: Divulgação

A mais nova agência em operação no país, a Galeria, começou com três clientes de peso: Itaú, McDonald’s e Natura. Com 50 dias de atuação, novas contas já foram anunciadas: Vivo e Enjoei. Apesar de recém-nascida, de imatura e inexperiente não tem nada. O know how do quarteto (ex-DPZ&T) Edu Simon, Paulo Ilha, Rafa Urenha e Pedro Cruz (Cruz, ex-Ambev, Africa e FCB) vem de muitos anos agregando conhecimento e credibilidade.

Juntos, os quatro sócios-fundadores da Galeria chegam para entregar soluções em um modelo de negócios que une criatividade, tecnologia e ciências de dados. “A gente acertou em apostar em um grupo de sócios que tem bastante reputação”, afirma Simon. A liderança é composta por outros dez sócios, além de 200 colaboradores.

A ambição de Simon é perpetuar o negócio. “Quero que a Galeria continue jovem mesmo quando eu não estiver mais jovem”, explica. O CEO aposta em partnership – um modelo voltado para atrair e reter pessoas por meio do engajamento. “Não pode ser um jogo de palavras. Os funcionários  têm que ter uma participação no negócio. Devemos promover novas pessoas a partir da performance”, defende.

Com um mindset voltado para a criatividade de forma expandida, Edu Simon faz uma análise da publicidade para além da “distribuição de mensagens”. Confira, a seguir, entrevista exclusiva dele ao Metrópoles:

Com relação à Galeria, que tipo de vácuo enxergou no mercado para criar o novo negócio?

Eu entendi que o mundo está em transformação. Tenho o espírito de inquietude e, no mundo onde a audiência é empoderada, o 5G vai empurrar isso pra pessoa consumir uma mensagem até nós sermos obrigados a entreter em nome das marcas. Então decidi fazer o negócio do zero para se preparar pro que vem pela frente.

A partir de diagnósticos estratégicos, queremos encontrar um ponto de vista pro cliente. Às vezes, vai ser a tradicional publicidade, outras vezes pode ser um jogo, um app, enfim… eu senti essa angústia de ver o mundo em transformação e optei por algo novo sem os vícios do passado. Optei pelo whitespace e vi uma oportunidade de oferecer algo em que o conceito de criatividade é libertador e não está preso aos formatos.

Como encantar os clientes neste mercado tão competitivo e com margens tão curtas?

Não importa a categoria, o fato é que todos estão sendo transformados pelo uso de dados, de tecnologia e criatividade. A gente se propôs a fazer uma nova leitura que vai além da entrega de uma campanha. Chegamos para oferecer serviços mais amplos, novos produtos, estratégias assertivas, outro designer, enfim. Temos a liberdade de dizer para o cliente o que tá certo ou errado.

As mudanças nas agências de publicidade estão cada vez mais voltadas para o digital com ofertas de serviços diferenciados aos clientes, incluindo análise de dados e influenciadores. Fale um pouco sobre essa tendência.

Os influenciadores estão sendo usados como um canal para chegar ao consumidor em um formato diferente do tradicional. Ele se tornou um elemento adicional, onde a reputação que tem vai influenciar a compra. As redes sociais mostraram para as marcas o que é diferente. As marcas entenderam e usam a ferramenta para conseguir selecionar quem são eles, quais têm relação com a marca e, a partir daí, criar estratégias. É ideal usar as ferramentas de dados e inteligência para encontrar quem tem mais afinidade com seu público e a sua marca para fazer o trabalho criativo. Ao selecionar os influenciadores, é preciso ter uma óptica que ultrapasse o número do alcance. Tem que ter uma visão de planejamento de comunicação, porque é mais uma ferramenta em que se deve combinar discurso com personalidade.

Quais são os desafios aos profissionais que estão chegando e aos que querem se reinventar?

Quem vem ao mercado hoje tem que se habituar a buscar eternamente novas transformações. Na minha época, o mercado era monólogo. Migramos do monólogo para uma conversa. Hoje, as marcas conversam mais do que fazem campanhas. Hoje, vamos além. O mundo mudou do massivo para o individual.

Então, quem entra no mercado agora precisa gostar de conversas, ficar atento às tendências, ao uso de ferramentas de dados, precisa entender a natureza humana e traduzir isso para sentimentos. Sabemos que o dado é frio e que estamos em uma era comportamental, então precisa ter uma capacidade de interpretação e ter empatia com a natureza humana.

Que tipo de perfil de profissionais estão recrutando para compor a equipe? 

Queremos uma pessoa com atitude empreendedora e, para isso, tem que ser otimista. No momento em que o mundo vive a angústia como sentimento dominante, buscamos uma pessoa otimista, o que é uma excelente ferramenta para criatividade. Além da seleção técnica, a gente busca competência que não consegue ser ensinada pras pessoas simplesmente porque elas já nascem assim. Queremos que saibam lidar com o problema de forma otimista, em meio à pressão, que tenham atitude de cuidar da empresa como se ela fosse sua e que enxergue o problema como uma oportunidade.

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