Novembro já se tornou o mês mais aguardado pelos consumidores. Desde 2010, o tradicional evento norte-americano caiu nas graças dos brasileiros. Muitos esperam a data para fazer suas compras e cabe ao comércio preparar boas promoções para deixar os clientes satisfeitos.

A Black Friday acontece sempre após o Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais importantes nos Estados Unidos, que ocorre na última quinta-feira do mês de novembro. A data é celebrada desde 1621, quando nativos americanos se juntaram aos colonos ingleses para uma ceia em comemoração às boas colheitas do ano.

Mas a Black Friday só surgiu alguns séculos depois. Como as famílias criaram a tradição de se reunir para a ceia, as cidades ficavam lotadas. O trânsito virava um caos e o dia seguinte ao feriado ficou conhecido como “sexta negra”. Para aproveitar a confusão, comerciantes passaram a fazer promoções para atrair os clientes. Nascia assim um dos eventos mais relevantes para o comércio, que se consolidou ano a ano, desde 1980. 

Embora o feriado não exista no Brasil, a tradição das compras a preços baixos foi importada. E o que era apenas um dia de promoção no varejo, acabou se tornando um mês inteiro de ofertas tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce. Assim, os varejistas precisam criar estratégias realmente atrativas para agradar os fregueses. 

Ano a ano a data vem ficando mais forte. Em 2020, as vendas no e-commerce no Brasil chegaram a R$ 3,1 bilhões durante a Black Friday – um crescimento de 24,8% em comparação com 2019, segundo dados divulgados pela consultoria Ebit/Nielsen. E as expectativas para 2021 estão altas. Mais de 70% dos brasileiros pretendem fazer compras na Black Friday, segundo um estudo exclusivo da Méliuz, startup de cashbacks, enviado ao InfoMoney.

Contudo, cabe destacar que é preciso planejamento. Aos comerciantes, cabe muito mais que baixar os preços. É preciso entender as necessidades individuais de cada cliente, seu perfil de compra e oferecer exatamente o que ele busca. Graças aos avanços em análises de dados, hoje é possível fazer tudo isso de forma bastante automatizada. Os consumidores querem se sentir individualizados, com ofertas customizadas. 

No caso do e-commerce, além de preços atrativos, é preciso garantir a qualidade dos produtos e ainda o prazo de entrega. A jornada do cliente no digital é mais longa e, cada ponto de contato deve ser cuidadosamente planejado a fim de garantir uma boa experiência de compra. 

Já está mais do que evidente que as pessoas querem se comunicar com as empresas de uma forma simples. Por isso, ferramentas como WhatsApp e RCS estão tão em alta. É preciso criar uma relação de mão dupla, onde seja possível fazer perguntas e ter suas dúvidas sanadas em tempo real. A comunicação precisa ser instantânea, fluída e assertiva.

O uso de Inteligência Artificial ao longo de toda a jornada do cliente também tem sido fundamental para criar uma experiência de compra única. Com ela, é possível entender melhor o perfil do consumidor e fazer ofertas direcionadas. Contudo, é fundamental manter o atendimento humanizado, fazendo com que a tecnologia seja apenas mais uma aliada.

Independentemente das estratégias a serem adotadas, o mais importante é que o varejo – físico ou digital – esteja preparado para a data. É preciso preparar as ofertas, ajustar o estoque para o aumento da demanda, garantir uma entrega rápida e eficiente e oferecer um pós-venda de alto nível. Uma experiência positiva durante a Black Friday pode garantir boas vendas o ano todo.

*Bernardo Borzone é diretor de receitas responsável pelas áreas de Customer Success, Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.