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Vídeo: “Churrasco é festa do demônio”, diz Luisa Mell em entrevista

Luisa Mell disse ainda na entrevista que não pensa em se candidatar a algum cargo público porque teme “ser a nova Marielle”

atualizado

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Arte/ Metrópoles
luisa mell leo dias
1 de 1 luisa mell leo dias - Foto: Arte/ Metrópoles

Luisa Mell nos recebeu no Instituto que leva o nome dela e cuida de centenas de cachorros abandonados e doentes. O lindo trabalho da ativista muitas vezes não é reconhecido, e Luisa reclama muito dos ataques que sofre em suas redes sociais.

Na entrevista, Luisa justificou ainda sua posição em ser vegana, totalmente contrária a alimentação com carne, e que, segundo ela, é o que está nos levando para o fim. A ativista disse inclusive que “churrasco é festa do demônio” e que passa mal apenas em sentir o cheiro do animal morto.

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Confira a entrevista completa:

Leo Dias — Olá, amigos do Metrópoles! Hoje, vim a Ribeirão Pires, interior de São Paulo, para conhecer a convite dela… Ela fez questão que eu conhecesse o Instituto Luisa Mell. Eu não sabia que era tão importante estar aqui, agora, eu entendi tudo. Eu entendi a grandeza e o profissionalismo, é impressionante. Parabéns, Luisa Mell!

Luisa Mell — Obrigada!

Daqui a pouco a gente vai mostrar imagens para vocês daqui. São 300 cachorros neste instituto. Tem mais um instituto aqui perto. E eu fiquei impressionado. Primeiro com a limpeza do local. Os canis grandes, espaçosos, limpos, higienizados, os cachorros muito bem tratados, um centro médico incrível com uma UTI, com local para cirurgias… Tudo muito limpo, tudo muito correto. Eu fiquei impressionado como deve ser caro manter isso.

Muito! Como você disse, eu tenho esse, tenho mais um para os cachorros que brigam, então, tem canis individuais. Tem mais um que eu alugo para cavalos, galos, que a gente pegou de rinha, tem mais espaço. E estou construindo o nosso santuário, agora dei uma parada. Mas para manter tudo isso tem profissionais incríveis. A gente opera aqui dentro, eu faço quimioterapia nos cachorros… Eu sempre digo que não posso salvar todos os animais que me pedem, é impossível, mas quando eu pego um animal eu dou tudo que existe. Esse é o meu propósito. Dar tudo o que eu daria para o meu de casa a cada animal do instituto.

Isso aqui é a sua cara, é a realização de um sonho. A gente estava falando sobre há quanto tempo a gente ouve falar de Luisa Mell, há quanto tempo, muita gente, principalmente no início, quando você ainda tinha um programa na RedeTV!, muita gente te taxava de louca, de pirada da cabeça com seus devaneios à favor da natureza e dos animais. Hoje, as pessoas te encaram de outra maneira. Você percebe isso?

Sim. Muitas pessoas me falam isso: “Eu ria da sua cara quando você chorava pelos cachorros na televisão e, hoje, eu choro com você”. E isso para mim… É isso. Eu não me importava que as pessoas não entendiam. Porque eu vim aqui para mudar as coisas mesmo, para transformar, para mudar paradigmas e toda mudança é difícil. As pessoas têm resistência. Então, eu meio que me acostumei a ser xingada, massacrada.

O ódio na internet te machuca?

Na verdade, não. Eu já sofri muito na televisão quando eu era menina. Naquele tempo era pior. Eu chorava porque eu não sabia, eu estava descobrindo as coisas aos olhos da televisão. Daí eu não me conformava que as pessoas não ficavam tão horrorizadas quanto eu estava descobrindo todo aquele horror. Na internet, o que me irrita muito e que me deixa preocupada é quando as pessoas começam a falar que eu roubo. Onde está o dinheiro? Olha isso daqui. Muitas vezes, eu coloco dinheiro. Meu marido muitas vezes colocou dinheiro. São doações de muitas pessoas. Tem gente que doa R$ 10 todo mês. A pessoa está aqui junto com a gente.

A gente sabe o valor desses R$ 10.

Exatamente. Eu fico muito emocionada com as doações. Então, quando uma pessoa ameaça prejudicar isso, entende? Pode falar de mim, que eu sou chata, que eu sou feia, que eu sou gorda… Agora você prejudicar o meu trabalho é a diferença entre a vida e a morte, porque eu não vou conseguir mais salvar e isso é sagrado. Nada é mais sagrado do que isso.

Muita gente considera o seu discurso como sensacionalista. Mas você, às vezes, precisa carregar na tinta para chamar a atenção, é isso?

Eu fico pensando o que seria esse sensacionalista. Por exemplo, eu vou lá e tem um cachorro com a cara arrebentada como você viu. Chega no meu celular de madrugada, diz que está em Minas Gerais. Aí se faz uma operação de guerra para ir buscar o cachorro, gasta-se sei lá quanto, ele vai fazer 3 milhões de cirurgias. Eu tenho que mostrar para contar para as pessoas o que eu estou fazendo com o dinheiro que elas doam e para pedir doação. Então, eu tenho que mostrar a verdade. Eu não aumento. Eu mostro só o que está acontecendo. Infelizmente, a realidade dos bichos no Brasil e no mundo é horrível. Os animais são muito explorados, muito massacrados. Então, eu mostro a verdade. Eu vou adorar o dia que não tiver mais nenhum animal para eu resgatar. Eu vou ser a pessoa mais feliz do mundo no dia em que só existirem animais fofos, animais em casa. Mas, infelizmente, essa é a realidade da vida.

Você entende a cultura das pessoas que, por exemplo, comem carne? Você pode não sugerir isso, mas você entende?

Eu nasci comendo carne. Eu nasci num mundo onde se come carne, onde minha avó me deixou um casaco de pele.

Onde um homem dá para uma mulher um anel de ouro. Fala a questão do ouro que hoje em dia você pede para não receber ouro de presente.

Isso foi agora estudando sobre a questão da Amazônia sobre a pecuária, mas também tem a questão do ouro. Eu falei que não quero mais. Tem algumas coisas que eu tenho e tem um valor sentimental. Quando eu tirei o couro da minha vida foi assim: não compro mais.

O couro faz muito tempo.

O couro foi em 2005. Mas você me perguntou das pessoas que comem. Eu não sou uma pessoa insuportável. Sei que as pessoas acham que eu chego e mando todo mundo parar de comer. As pessoas acham que eu sou assim num relacionamento o tempo inteiro. Eu não sou assim. Inclusive, grande parte dos meus amigos não são veganos. E eu me relaciono com todo mundo. Até porque a minha ideia não é sair do mundo e ir morar numa casinha e ficar lá vegana. Isso para mim não faz sentido se eu não transformar as pessoas e o mundo. Porque, se não, os animais continuam sofrendo. Daí eu estou aqui para transformar as pessoas e eu sei que é difícil.

As pessoas confundem tudo e acabam confundindo as coisas e achando que o seu posicionamento em defesa da natureza, em defesa do meio ambiente, é contra alguns partidos, contra o atual governo, talvez contra a ação do atual governo. Eu quero que você esclareça isso, essas questões políticas. Os ataques que você sofre muitas vezes são ataques políticos, de defensores do atual governo.

É uma coisa muito doida isso que está acontecendo. Eu sempre lutei contra todos os governos. Porque, na minha opinião, nenhum governo realmente até hoje levou com seriedade a parte ambiental e dos direitos dos animais.

Nem os anteriores ao governo Bolsonaro?

Não. Quando a Marina foi Ministra do Meio Ambiente, houve uma melhora ali no começo do Lula, mas depois com a Dilma já piorou, com o Temer… Eu sempre lutei, o direito dos animais nunca foi uma pauta. Vira e mexe eu posto: “Gente, olha eu em 2016”. No Temer, me colocaram no microfone, eu queria ir escoltada lá no pessoal da pecuária, porque eles estavam com o dinheiro. Eu briguei com todo mundo. E agora falam: “Você está perseguindo porque é esquerdista”.

Você não é esquerdista.

Eu estava ajudando. Hoje eu me arrependo.

Você votou no Bolsonaro.

Claro que não!

Você votou em quem?

Eu votei na Marina no primeiro turno e, no segundo turno, eu votei no Haddad. A posição do Bolsonaro em muitas coisas, inclusive, na campanha, ele já falava a visão dele. Ele realmente não entende esse lugar. É uma tragédia em relação ao desrespeito aos povos indígenas, para mim, é muito difícil. Eu sou judia, eu estudei em colégio judaico. A gente fica com aquele negócio do Holocausto a vida inteira. E fico me perguntando onde estavam as pessoas de bem ali quando estavam matando os judeus. E agora eu fico pensando se no futuro vão perguntar onde estavam as pessoas de bem quando estavam matando os índios. E eu choro, eu tento falar com meu público que é a única coisa que eu tenho, os meus seguidores. Essa é a minha força. Eu não queria ter nada a ver com isso. Que vantagem eu tenho nessa briga? Eu só perco. Eu sou perseguida. Eu perco seguidor, eu sou xingada. É porque eu acredito mesmo que os índios são muito importantes. A gente deve muito a eles. Se a gente ainda tem natureza, tem biodiversidade, é graças a eles, porque eles cuidaram. Eu queria fazer muito mais e fico com medo que não dê tempo. Para mim é uma angústia.

Os ataques são maiores por conta desse posicionamento político?

Nossa, é uma coisa assim muito violenta. Eu nunca fui tão atacada. E olha que eu já fui algumas outras coisas, mas como os eleitores do Bolsonaro, os robôs que a gente sabe que tem, é de uma violência, de um ataque, de querer destruir meu trabalho, de querer destruir tudo o que eu faço. Um jogo meio assustador.

Recentemente, você elogiou a primeira-dama do Brasil, Michele Bolsonaro, por ter adotado dois cachorrinhos. Mas acabou que virou uma confusão na internet. Você se arrepende daquela sua última frase?

Não. Não posso dizer para você que eu me arrependo porque eu não me arrependo.

Porque você questionou os R$ 89 mil do Queiroz.

Não foi só isso que eu questionei. Quero até deixar isso claro. Você, como jornalista… Obviamente que todo esse negócio de rachadinha, de corrupção, é um absurdo. A gente vem lutando, é nojento. Mas para mim é mais sério o Bolsonaro falar que vai dar um soco na boca do repórter quando ele fez essa pergunta. Para mim, isso é uma tragédia. Eu não acredito que a gente está vivendo isso e deixando. Cada vez é um absurdo maior e agente fica “tá bom”. Como assim ameaçar dar um soco? O presidente da República sobre uma coisa que é de interesse público. Eu elogiei porque, realmente, ela adotou, eu achei bacana, ela foi numa ONG, eu não ia deixar de elogiar, mas também não vou deixar de falar o que eu acho, o que eu penso, num momento tão importante do país.

Mas foi uma confusão. Aquele bate boca com o Agustin foi desnecessário?!

Foi uma loucura assim porque eu não conhecia ele. Eu só tinha lido uma notícia naquela semana que teve uma festa do Bolsonaro com maquiador no Palácio da Alvorada. O que me chamou a atenção porque achei de um mal gosto, eu achei com um desrespeito com a população tão grande. Eu falei gente eles estão comemorando o que? 115 mil mortos? Eles estão dando uma festa para o maquiador? Não dá para acreditar numa coisa dessa! Aí quando eu vi eu não sabia que ele era tão famoso que tinha milhões de seguidores, não sabia que ia causar tudo isso. Daí ele falou aonde estava o dinheiro que eu arrecado.

Essa questão não dá para questionar.

Quem fala isso é a pessoa que não tem cachorro porque se a pessoa tem um cachorro sabe o gasto que é. Imagina os cachorros ferrados que eu pego, né?

Isso é o que mais te machuca?

Isso me preocupa porque isso pode fazer com que as doações diminuam e eu possa realmente não conseguir mais salvar os animais. As pessoas questionarem para onde está indo esse dinheiro machuca demais. E me dá um medo assim, entende? É muito sagrado!

A impressão que dá é que parece que foi tudo em vão, sabe? E não é olha isso aqui, essa grandiosidade. E aí depois ele voltou a falar as questões do seu marido. Me explica, por favor.

Então aí ele foi falar de uma notícia de 2011 que meu marido… não! Ele mudou o post, né? Mas nós temos os dois prints. Ele falou que meu marido fraudou a prefeitura em R$ 70 milhões. Olha que loucura, imagina só! Imagina as pessoas vendo: “Ah, roubou 70 milhões vamos tomar as doações do instituto”

E tomam aquelas notícias (que saíram) como verdade.

Gente e as histórias são tão malucas. E meu marido foi a vez que ele mais perdeu dinheiro na vida que ele tomou um golpe, 11 construtoras tomaram um golpe. Na hora que eles descobriram esse golpe na prefeitura eles denunciaram todo mundo daí descobriram “ah, essas são as vítimas e esses aqui são os pilantras”. O meu marido teve que pagar de novo a outorga já que pagou a guia falsa e teve que de novo. Então ele teve que pagar duas vezes, então ele não ganhou não só perdeu. Então agora a gente entrou em contato com ele e ela já retirou o post não se você já viu. E agora eles estão combinando de ele dar um desmentir se ele não der o desmentir meu marido já está com o advogado ele vai processar, o instituto vai processar ele e eu vou processar ele.

Conviver com você é fácil?

Sou fácil, sou tranquila.

Mas seu marido é vegano?

Sim.

E se ele fosse carnívoro?

Olha, quando a gente começou ele era.

Isso foi um problema?

Não assim porque demorou até para ele se transformar. Ele fala até hoje que, se ele comesse carne, eu não estava com ele.

É verdade?

Acho que sim.

Você já foi numa churrascaria com ele?

Ahh… Uma vez ele me pediu quando estávamos viajando… Não era nem uma churrascaria, era um lugar, e eu passei tão mal e vomitei a noite inteira. Porque o cheiro e aquele horror.

Você foi e passou mal só com o cheiro?

Eu não comi nada só comi salada. Estar naquele lugar para mim… eu não vou em churrasco de jeito nenhum, isso é muito forte, para mim é festa do demônio. Um monte de morto ali, e as pessoas comemorando a morte dos animais, foi uma tragédia. E dali ele nunca mais repetiu.

Luisa você é muito exagerada festa do demônio? (risos)

Não sou. Você está ali e um monte de defunto, mortos, os animais massacrados.

Eu entendo seu lado.

Eu te respeito assim se você disser que vai fazer eu não vou te ligar dizendo: “Aahhh!”. Mas eu não vou. E meu marido aquele dia foi muito forte para ele porque ele viu…

Ele ficou chocado ele viu o quão doloroso é para você. É interno não é frescura de moda, não é modismo

Exatamente.

É interno! Está dentro de você.

E, hoje em dia, assim, ele foi se transformando e acho isso muito bonito assim, sabe?

Teve um episódio recente com a Cláudia Ohana que muita gente ficou meio chocada com aquela atitude e acontece muito. E eu queria que você reportasse isso aqui. Da pessoa adotar os cachorrinhos muitas vezes pequenininhos, filhotinhos, só que os filhotinhos ficam grandinhos, né? E muitas vezes a pessoa não dá conta, principalmente, uma pessoa que não tem um espação dentro de casa, não tem uma área aberta para o cachorro poder se exercitar e correr livremente aí ela precisou devolver os cachorros.

Esse é um problema muito sério que a gente tem aqui, acontece muito e pelos motivos mais ridículos que você pode imaginar. Que vão desde o cachorro cresceu muito que aí a pessoa prejudica o cachorro porque é mais fácil doar filhote, e adulto alguns que foram devolvidos nunca mais foram doados. Tem a pessoa também que diz: “Ah, mudei de namorado e o atual não gosta”. Juro por Deus. Tem umas assim: “A gente separou e ele foi morar com a mãe, mas mãe não quer e eu não quero para não lembrar dele”. A gente fica muito revoltada aqui. Sou brava, sou mesmo. Tem umas pessoas que pegam o cachorro e devolvem no mesmo dia.

Por que?

Ah, ele rosnou. Ah, ele não se adaptou.

Mas você já chegou a recusar? A entregar o cachorro a alguém?

Sim, sim!

Você vê que a pessoa não vai dar conta do cachorro.

Sim, a gente tem pré-requisitos muito sérios.

Quais? Você consegue ver isso numa pessoa?

A gente tem um pessoal treinado, só elas que entrevistam. A gente pede foto da casa. A gente faz muitas perguntas até tambem para auxiliar a pessoa a escolher o cachorro ideal. Porque as pessoas acham que só a estética. Só que não é isso que importa. Importa o comportamento do cachorro e é isso que a gente tenta ensinar as pessoas. Eu até vou fazer um post disso, as pessoas tem que entender que se você me levar para casa hoje, você me adotou, eu vou demorar um tempo para me adaptar. Você a mim e eu a você. Todo o relacionamento é assim e o cachorro… Eu e você podemos conversar e o cachorro não. Imagina ele sai daqui e já sofreu muito já que todos os cachorros que pego sofreram.

É, são as concessões…

Então, eu não vou fazer isso. Eu falo pelos animais mas tenho muitas coisas em mente. Eu não estou pronta para ser política. Eu não sou candidata para 2022. A resposta é não!

Mas você acha que teria psicológico para isso? Você acha que teria força pra estar no Congresso?

Então, eu acho que eu correria o risco de ser assassinada. O meu maior medo é que aconteça comigo o que aconteceu com a Marielle.

Você acha?

Acho, eu acho! Eu sou muito briguenta. Se eu ver qualquer injustiça, eu me irrito e não me calo. Noutro dia desses eu estava no parque com o meu filho e vi a polícia dando um “pega” num motoboy e eu me meti lá no meio. Eu sou essa pessoa, entendeu? Se eu vejo alguma injustiça, eu falo, eu brigo… Eu sou a destemida, né? Mas a gente vive num país cada vez mais violento e a prova disso foi tudo o que aconteceu com a Marielle Franco. Eu tenho uma língua grande, sabe? Seria muito difícil!

Gostaria que você desse uma mensagem para as crianças. Que Brasil é esse que surgirá daqui 30 anos? O que é que você acha?

Eu tô lutando para que ele [o mundo] seja melhor. Eu faço tudo isso para as nossas crianças. Eu tô escrevendo para crianças, agora. Eu não te contei ainda, né? Eu acabei de fechar contrato pela Editora Globo para escrever 4 livros para crianças com a temática ambiental. E isso está sendo tão incrível. Eu estou estudando muito para tornar isso mais leve pois o meu trabalho é muito pesado. E ali eu consegui trazer magia sem deixar de passar a minha mensagem. Eu tô amando fazer isso. Eu penso muito nas crianças, elas não tem culpa de nada e elas irão herdar o mundo que nós estamos deixando.

Então pra finalizar, fale sobre o seu livro.

Esse livro, Os animais Salvaram a Minha Vida, eu escrevi em 2017 e, quando comecei a escrever ,eu pensei comigo mesmo que deveria falar toda a verdade. E a Globo me deu essa liberdade. Eu escrevi sobre a pecuária, eu falei de tudo. Eu tive que reviver tudo o que já passei, né? Então de certa forma foi duro. Eu brinco que escrevi ele muito no banheiro pois eu tenho o intestino preso. Eram muito sofridos alguns momentos. Pra quem não me conhece, neste livro consegue ir fundo com este livro. Se alguém quiser, até para falar mal de mim, leia a minha biografia.

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