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Salve-se quem puder: 3ª via ao GDF definha e deve sair dividida

Aliança chegou a contar com 12 siglas diferentes, mas integrantes cogitam deixar projeto após inúmeras divergências e disputas internas

atualizado

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André Violatti/Especial para o Metrópoles
Cristovam Izalci
1 de 1 Cristovam Izalci - Foto: André Violatti/Especial para o Metrópoles

Para alguns, a culpa é da intransigência de aliados. Para outros, efeito de pragmatismo político. Desculpas à parte, a chamada terceira via ao Governo do Distrito Federal, liderada pelo senador Cristovam Buarque (PPS) e encabeçada pelo tucano Izalci Lucas (PSDB), definha e já respira com ajuda de aparelhos.

A sonhada aliança que já contou com 12 partidos, agora corre contra o tempo em busca de uma saída honrosa na corrida eleitoral. Os aliados insistiam em acreditar que, em política, interesses coletivos podem se sobrepor aos individuais. A prática mostrou o contrário.

A dificuldade de se afinarem num único objetivo desgastou e fez com que lideranças partidárias passassem a cogitar outros caminhos. Hoje com sete legendas na coalizão, a possibilidade do fim da terceira via já é reconhecida por boa parte dos atuais integrantes. Nesse cenário, os então aliados passam a comparar a realidade com a do fim de um casamento. “Estamos numa relação infeliz. Falta apenas alguém tomar a iniciativa para concretizar o divórcio”, relata um componente.

Enquanto isso, os partidos se apressam para buscar acomodações seguras para cada projeto político, seja majoritário ou proporcional. A estratégia é compor pelos métodos que têm funcionado até então.

Movimentações
O cenário é desfavorável ao pré-candidato da aliança, o deputado federal Izalci Lucas, a quem responsabilizam pelo eventual fracasso. Não menos serão atingidos os outros aliados, como o senador Cristovam Buarque, o deputado federal Rogério Rosso (PSD) e o presidente do PRB-DF, Wanderley Tavares.

Pressionados pelas direções nacionais das legendas, os políticos terão de apresentar boas desculpas para permanecerem no atual projeto ou admitirem abertamente que a empreitada ruiu. Cada um terá seu tempo.

Pelas recentes movimentações, Cristovam poderia compor com a chapa do médico Jofran Frejat, pré-candidato ao GDF pelo PR. Ele teria de concorrer ao lado de Paulo Octávio (PP) e Alberto Fraga (Dem), que almejam uma vaga no Senado ou tentar dissuadir os hoje integrantes da união em torno de Frejat. Cristovam acenou ainda uma possível composição para o também indefinido PDT.

Apesar de relutar sobre possível apoio à “buritizável” Eliana Pedrosa, Rogério Rosso mantém lealdade à família Roriz, que o introduziu na política. Esse detalhe pode determinar a posição do congressista no cenário eleitoral.

Já Wanderley Tavares é cobrado pela sigla para garantir a eleição do distrital Julio Cesar como deputado federal. Na atual aliança, há resistências para esse projeto, uma vez que as siglas aliadas alegam prejuízos pelo fato de o parlamentar contar com a força da Igreja Universal do Reino de Deus. Numa eventual coligação, os candidatos à Câmara dos Deputados teriam mais dificuldade de se eleger com Julio no páreo.

Assim, restará ao pré-candidato Izalci Lucas tentar se acomodar em composições onde há espaço para palanque do presidenciável Geraldo Alckmin. No fim das contas, o que vai valer é o compromisso de tentar emplacar o projeto nacional dos tucanos.

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