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DF: moradores de áreas vulneráveis, sem internet, serão vacinados sem agendamento

Medida entrará em vigor a partir da próxima semana. Secretaria de Saúde está mapeando regiões nas quais moradores têm dificuldade de agendar

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
vacinação em áreas vulneráveis
1 de 1 vacinação em áreas vulneráveis - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta segunda-feira (14/6), que dispensará a obrigatoriedade de agendamento prévio para vacinação contra a Covid-19 aos moradores de comunidades mais vulneráveis, que têm apresentado dificuldades de marcar data para receber a imunização.

De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, esse processo não exigirá o agendamento no site da Secretaria de Saúde. O objetivo é facilitar o acesso à imunização de quem não tem internet nem recebe informações atualizadas sobre o sistema de vacinação.

No fim de semana, o Metrópoles mostrou, em reportagem, as dificuldades que moradores dessas comunidades têm para conseguir agendar a imunização.

A abertura de postos específicos nas regiões mais vulneráveis também está sendo discutida, já que muitas pessoas não têm condições de pagar passagem de transporte público para ir a pontos de imunização mais distantes de casa.

“Uma reclamação que a gente sempre ouve aqui são pessoas em comunidades, principalmente carentes, mais vulneráveis, que não têm acesso à internet, têm dificuldades, às vezes não têm computadores, nem telefone. E isso vinha com a reclamação de que não estavam conseguindo tomar a vacina. A Secretaria de Saúde vai fazer, a partir a princípio da próxima semana, um mapeamento. A pessoa vai fazer a vacinação sem a necessidade de agendamento e será destacado um número específico de doses com ampla divulgação naquela região”, disse o secretário da Casa Civil.

Para isso, a Secretaria de Saúde contará com o apoio das administrações regionais e do Conselho de Saúde. O GDF também vai recorrer a rádios comunitárias e carros de som para convocar os moradores.

50 anos

Durante a mesma coletiva de imprensa, o GDF confirmou a reabertura de 6,5 mil vagas para o agendamento de vacinação de pessoas a partir de 50 anos, sem comorbidades. O processo será liberado a partir das 17h desta segunda-feira (14/6), conforme anunciou Gustavo Rocha.

Mais cedo, a Secretaria de Saúde havia informado que o agendamento para a vacinação contra a Covid-19 de pessoas com 50 anos ou mais no DF foi suspenso, após o preenchimento das vagas disponíveis. De acordo com a pasta, a reabertura ocorrerá com a chegada de novas doses.

O agendamento é feito pelo site vacina.saude.df.gov.br. Foram 99 mil vagas disponibilizadas para pessoas com 50, 51 e 52 anos.

A vacinação de pessoas com 50 anos ou mais e que não tenham comorbidades começa nesta segunda-feira (14/6). O agendamento para a população dessa faixa etária teve início na tarde do sábado (12/6) e ficou disponível até a manhã desta segunda.

O Governo do Distrito Federal previu que 186 mil pessoas receberão a segunda dose da vacina contra a Covid-19, na capital federal, em julho. A maioria receberá o imunizante da AstraZeneca.

Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (14/6), a pasta alerta para que as pessoas que já receberam a primeira dose de uma das vacinas fiquem atentas à data marcada no cartão vacinal e que procurem um posto para completar a imunização.

“Apesar do número baixo do reforço aplicadas nos últimos dias, quando comparado com o recebimento diário da primeira dose, o número está dentro da expectativa da pasta, que prevê, para todo o mês de junho, aplicar 28 mil doses, a maioria do imunizante Coronavac/Butantan”, informou a SES-DF.

Atualmente, a Secretaria de Saúde possui, na Rede de Frio Central, 98.710 doses para garantir a D2 para aqueles que receberam a primeira aplicação. No Distrito Federal, as doses reservadas para segunda aplicação não serão utilizadas como D1. A ideia do GDF é que, com a reserva, não faltem imunizantes para vacinar a população que retornar aos postos.

“É essencial que o esquema vacinal esteja completo, para que a eficácia da vacina seja conferida. Os indivíduos que não recebem as duas doses não possuem a devida proteção. Isso é válido para todas as vacinas que possuem esquemas de mais de uma dose”, destaca o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

As três vacinas atualmente em uso no Distrito Federal são aplicadas em duas doses. Ainda não disponível no Brasil, apenas o imunizante desenvolvido pela farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson, previsto para chegar nesta terça-feira (15/6), é administrado em dose única. A segunda dose deve ser aplicada no intervalo de até 28 dias, no caso da Coronavac/Butantan, e de 12 semanas para AstraZeneca e para a Pfizer/BioNTech.

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