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Índice Zara: Brasil é o 6º país com o preço de roupas mais caro

Os dados são do BTG Pactual, que faz um balanço anual do valor das peças da marca ao redor do mundo em comparação aos Estados Unidos

atualizado

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Edward Berthelot/Getty Images
mulher branca com calça rosa segurando sacola de papel
1 de 1 mulher branca com calça rosa segurando sacola de papel - Foto: Edward Berthelot/Getty Images

Conduzida pelo BTG Pactual, uma pesquisa anual revelou, em janeiro deste ano, que os preços das roupas da Zara no Brasil estão entre os mais elevados globalmente. De acordo com os dados, o custo no país está 3% mais alto em comparação aos Estados Unidos.

Vem entender!

Na imagem com cor, fachada da Loja Zara - Metrópoles
No ano passado, os valores no Brasil eram apenas 1% mais caro que nos EUA

 

Índice Zara

O Índice Zara aponta um aumento nos valores das roupas da varejista espanhola no Brasil do ano passado para cá, uma vez que a pesquisa de 2023 indicava uma diferença de apenas 1% em relação ao mercado norte-americano. Apesar desse acréscimo nos preços, o BTG destaca que o poder de compra dos brasileiros cresceu, com uma valorização de 9% do real frente ao dólar, o que tornou os produtos brasileiros 85% mais caros do que os produzidos nos Estados Unidos.

A pesquisa revela também que apenas cinco países apresentam preços mais altos do que os praticados no Brasil. A Suíça lidera o ranking, com preços 19% superiores aos do mercado norte-americano, seguida por Arábia Saudita (9%), Tailândia (7%), México (5%) e Equador (3%).

O estudo analisa os preços de 12 produtos da empresa nas lojas de 54 países. Mostra que, apesar de um cenário repleto de expectativas positivas para 2024, existe um debate no mercado sobre o poder do marketing contra a concorrência de varejistas estrangeiras como a Shein.

Pessoas entrando na loja da Zara
A Zara é uma rede de lojas de roupas e acessórios com sede na Espanha

 

Zara Sydney Store Opening
No Brasil, a Zara tem fama de “luxo baratinho”, por ter um estilo europeu com preços mais baratos do que os de grifes

 

New Zealand's First Zara Store Opens In Auckland
No ano passado, a varejista voltou a abrir lojas no Brasil depois de um hiato de cinco anos

 

Sacola Zara
O plano da marca é de investir 1,6 bilhão de euros em um novo conceito de lojas

 

Comparativamente a outras marcas do mercado fashion, a Shein é reconhecida por praticar preços mais acessíveis. No entanto, o custo das roupas na plataforma é 70% mais alto no Brasil em relação aos preços nos Estados Unidos.

Analistas do BTG apontam que, mesmo com valores competitivos em relação à Zara, a Shein ainda enfrentará desafios semelhantes com a expansão da produção local, estabelecido como um dos principais compromissos da fast fashion chinesa no Brasil. Contudo, a rápida entrada no mercado e a abordagem eficaz de venda social permanecem como vantagens significativas nesse contexto.

Além disso, o relatório do banco brasileiro de investimentos destaca comparações de preços entre a Shein e os principais varejistas de moda no Brasil. A plataforma chinesa oferece preços 28% mais baixos que os praticados pela Renner, 31% menores que os da Riachuelo e 33% mais acessíveis que os da C&A, o que a torna líder da lista dos maiores varejistas de moda no país.

Loja da marca chinesa de roupas Shein no Brasil, no Rio de Janeiro. Na foto é possível ver araras de roupas e uma mesa com mais produtos, como shorts jeans. Uma das paredes é verde a outra possui um quadro de uma praia da capital carioca.
A Shein já abriu pop-up stores em diferentes estados do Brasil

 

Na imagem com cor, fachada da loja pop-up da Shein - Metrópoles
A procura pela marca chinesa é alta

 

Foto da fachada da Shein
A marca lançou também, recentemente, o programa de incubação Shein X para o público brasileiro

 

Taxa federal Fazenda Shein Shopee
Assim como a Zara, o histórico de trabalho escravo e outras polêmicas fazem parte do repertório da Shein

 

Relembre polêmicas das varejistas

Vale lembrar que as grandes varejistas já enfrentaram diversas polêmicas que colocam em destaque questões éticas e morais nas operações de cada uma. A Shein, por exemplo, foi recentemente alvo de investigação, que revelou condições precárias de trabalho de costureiros imigrantes. Em uma sala repleta de tecidos, eles ganhavam aproximadamente R$ 0,20 por peça, com jornadas extensas e apenas uma folga mensal.

Além de denúncias por exploração trabalhista, a Zara, por sua vez, esteve no centro das críticas no fim de 2023, após uma campanha publicitária controversa que, segundo internautas, banalizava o sofrimento dos palestinos. As imagens da linha Zara Atelier foram comparadas a fotos de ataques na Faixa de Gaza.

Mulheres trabalhando em confecção de moda - Metrópoles
A Zara já foi acusada de exploração trabalhista nas próprias fábricas

 

Na imagem com cor, a imagem de uma campanha publicitária da Zara que gerou polêmica por semelhança aos ataques à Palestina
No ano passado, uma campanha da Zara Atelier gerou críticas por suposta banalização do sofrimento palestino

 

Mulheres trabalhando em confecção de moda - Metrópoles
A mão de obra barata costuma ser requisitada para a confecção de peças e produtos têxteis mundiais entre muitas marcas

 

Os episódios citados evidenciam os desafios enfrentados pelas gigantes do varejo em questões que vão desde condições de trabalho até representações questionáveis em campanhas. As marcas agora se veem pressionadas a abordar e corrigir práticas defasadas, enquanto a sociedade demanda maior transparência e ética, porém, ainda consome desenfreadamente os produtos.

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