Como noticiamos em julho, a rede Zara anunciou um pacote de medidas que prevê várias ações voltadas à sustentabilidade. Entre as iniciativas divulgadas, está um projeto de descarte de roupas usadas em todos os endereços da etiqueta espanhola. Inicialmente, o programa foi implementado em lojas europeias e asiáticas, mas já é possível utilizar o serviço nos pontos físicos espalhados pela capital federal.

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Desde 2015, o grupo Inditex, ao qual a Zara pertence, adotou uma postura mais enfática em relação aos impactos ambientais gerados por suas marcas, iniciando uma série de ações que remediam alguns males causados pela gigante do fast fashion.

Até 2025, espera-se que todas as coleções da marca sejam feitas com tecidos 100% sustentáveis e que 80% da energia usada nos estabelecimentos da empresa venha de fontes renováveis. No entanto, enquanto essa revolução não acontece, um outro plano da rede de lojas tem colaborado com o meio ambiente.

Testado em mais de 800 lojas da Espanha, de Pequim, Xangai, Londres e Paris, o serviço de descarte criado pela Zara chegou ao mercado como uma solução para roupas velhas que, muitas vezes, vão parar nos aterros sanitários. Em vez de se livrar das peças no lixo comum, você pode depositá-las nos pontos de coletas posicionados na entrada de cada loja.

Toda as roupas são recolhidas, separadas e classificadas. Em seguida, são destinadas a ONGs que assistem pessoas em situação de vulnerabilidade social ou empresas de reciclagem.

Entre as associações parceiras, estão nomes como Cáritas, Cruz Vermelha, Exército da Salvação, Cepf, Redress, Le Relais, Eden, Casa de la Amistad, Fabric Republic e o projeto Refibra, parceria da Zara com a Lenzing, focada da produção de algodão reciclado.

Atualmente, a tecnologia só permite a reciclagem de peças 100% algodão, lã ou poliéster, mas a etiqueta de Amâncio Ortega, em colaboração com o Massachusetts Institute of Technology, já trabalha em projetos de pesquisa que permitirão a reutilização de outros tecidos no futuro.

O objetivo do projeto de descarte de roupas é conseguir que, no futuro, o algodão usado na fabricação de novos produtos venha de peças coletadas na rede de lojas.

Até o momento, o Inditex já recolheu mais de 34 mil toneladas de peças usadas e, com a chegada da iniciativa à América Latina, esse número deve dobrar em breve.

Colaborou Danillo Costa