A Semana de Moda de Milão começou nessa quarta-feira (20/2) e já está cheia de novidades. Gucci e Moschino apostaram em criações extravagantes. Já as coleções de outono/inverno 2019/20 da Prada e Bottega Veneta trazem opções mais sóbrias, com visual intenso e uma abordagem moderna. A Moncler apresentou as novas collabs do projeto Moncler Genius.

Vem comigo conferir!

Gucci
Máscaras e spikes foram os statements do novo desfile da Gucci. Para o outono/inverno 2019/20, a grife retorna com sua vibe extravagante, abordando um conceito de selvageria e beleza interior. Desta vez, detalhes com ar fetichista dividem lugar com a pegada vintage de Alessandro Michele. As máscaras funcionam como uma metáfora entre o lado exterior e o que está dentro de cada um.

A alfaiataria ampla, desconstruída e acinturada aparece em diferentes momentos – um deles com um novo monograma, da letra G. A coleção traz ainda uma influência esportiva com viseiras coloridas, joelheiras de luxo e uma nova versão dos ugly sneakers. O modelo é feito com tecidos e tipos de couro diversos.

As botas, que brilharam no pre-fall 2019, surgem em amarelo-vibrante com uma abertura de zíper na parte da frente. O lado selvagem é explorado em peças de faux fur e animal print. Como era de se esperar, o novo trabalho é repleto de estampas.

Depois de uma temporada de desfiles na França, o show marcou o retorno da label à Semana de Moda de Milão. Lucy Boyton, Saoirse Ronan, Salma Hayek e Andrew Garfield compareceram à apresentação, que ocorreu no Gucci Hub – sede da grife na cidade.

 

 

 

 

 

 

Moncler
Para apresentar a nova fase do projeto Moncler Genius, a grife italiana fez um evento fechado para a imprensa e convidados – entre eles, Alessandra Ambrosio e Millie Bobby Brown. Pelas fotos divulgadas, podemos ver as inspirações que cada um dos colaboradores trouxe para as nove coleções-cápsulas da atual etapa da proposta.

Pierpaolo Piccioli, diretor criativo da Valentino, voltou a misturar alta-costura com a peça-chave da marca, as jaquetas puffer. Nesta edição, ele vem com novas versões dos vestidos acolchoados que fizeram o maior sucesso em 2018. Saias rodadas e capuzes resgatam elementos medievais e religiosos.

Um dos estreantes do projeto, Richard Quinn brincou com suas famosas estampas florais, coloridas e lúdicas para criar peças de inverno irreverentes com um visual ironicamente tropical. Por outro lado, a collab Moncler 1952, por Sergio Zambon e Veronia Leoni, mergulha em tons mais fechados, terrosos e estamparia sóbria. O resultado é sofisticado e cheio de informação de moda.

 

 

 

 

 

 

Prada
Romance, alfaiataria, militar e esporte: teve de tudo no outono/inverno 2019/20 da Prada. Enquanto ternos acinturados acrescentam um visual sóbrio e minimalista, o drama romântico surge em rendas, cores intensas e adornos na forma de rosas de tecido.

A pegada utilitária ganha forma nos uniformes militares que se transformam em saias, vestidos, casacos e blazers com slit sleeves, uma espécie de manga em formato de fenda. O nylon em verde-musgo com bolsos oversized remete à moda cargo dos anos 2000. Os tênis com solado tratorado viram botas de plataforma e cano alto.

O resultado é moderno, esbanja atitude e tem até um toque andrógino. Essa representação forte da feminilidade segue a linha das últimas coleções.

 

 

 

 

 

 

Moschino
Jeremy Scott brincou com a cafonice dos game shows americanos para a nova coleção da Moschino. Referências e estampas de notas de dólar remetem à ostentação e ao dinheiro.

Refeições congeladas (com direito a um cardápio bem variado), creme dental, vinho e secador de cabelo – todos esses itens do cotidiano foram transformados em acessórios irreverentes e divertidos.

A temporada inclui também tecidos metálicos, jeans, vestidos curtos e cores vibrantes. O exagero visual ganha ainda mais peso com as aplicações de pedrarias e os casacos de pele falsa. As ombreiras, a modelagem e a extravagância de alguns vestidos remetem à década de 1980.

 

 

 

 

 

 

Bottega Veneta
Esta MFW teve a estreia do britânico Daniel Lee na passarela da Bottega Veneta. Ele apostou no ponto forte da marca, o couro. O material vem em diferentes formas para as estações frias: vestidos e saias acolchoados com matelassê, calças e conjuntos com visual moderno.

As botas têm solado reforçado e lembram galochas. Por outro lado, sapatilhas acrescentam um toque de delicadeza aos looks desconstruídos e estruturados. As peças em tecido mais leve ganham formatos diferenciados com recortes e fendas, além de detalhes metálicos, como correntes.

Depois da coleção pre-fall 2019, diversos comentários foram feitos sobre a semelhança entre o trabalho de Lee na grife italiana e o estilo da Celine. O designer britânico atuou no design da label durante a direção criativa de Phoebe Philo. Seu grande debut na Semana de Moda de Milão foi em uma tenda transparente no Arco da Paz.

 

 

 

 

 

 

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Colaborou Hebert Madeira