A Sycamore Partners passou a ser dona de 55% da Victoria’s Secret no início deste ano. No entanto, o negócio não ocorreu como o planejado. Nesta semana, a empresa de private equity abriu processo para interromper a transação, alegando que a grife de lingeries descumpriu termos do contrato.
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A corretora de fundo de investimentos moveu ação nessa quarta-feira (22/04/2020) em um tribunal de Delaware, nos Estados Unidos. Vale destacar que, atualmente, a companhia é detentora de US$ 525 milhões em negócios, dentro do US$ 1,1 bilhão que a marca de underwear foi avaliada.
Segundo a Sycamore Partners, devido à pandemia global, a controladora da Victoria’s Secret, L Brands, adotou medidas que violam o acordo feito em fevereiro. No processo, a empresa aponta que a holding fechou lojas nos EUA, dispensou funcionários e não fez pagamentos de aluguel.
Por outro lado, a controladora da Victoria’s Secret pretende lutar pela manutenção do acordo. “A L Brands defenderá vigorosamente o processo e buscará todos os recursos legais para fazer valer seus direitos contratuais, incluindo o direito de desempenho específico”, frisa o comunicado.
Depois do ajuizamento do processo, as ações da L Brands chegaram a cair mais de 20%. A Victoria’s Secret pertencia ao grupo desde 1982 e, nos últimos anos, vem passando por turbulências financeiras e de imagem.
Outro grande negócio que passou por incertezas devido ao novo coronavírus foi a venda da Tiffany & Co para o LVMH. A icônica joalheria norte-americana foi comprada por cerca de US$ 16 bilhões, no fim do ano passado.
A pandemia causou problemas no processo de regulamentação, que deveria ter sido concluído em abril. Contudo, o conglomerado de luxo já avisou que não desistirá da negociação. Trata-se apenas de um adiamento de seis meses.
Colaborou Rebeca Ligabue
