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Em Paris, estilista lança looks que “caem” sobre modelos. Veja vídeo

As grifes Givenchy, Balenciaga e Valentino também apresentaram coleções marcantes para a primavera/verão 2020

atualizado

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Modelo vestida por máquina
1 de 1 Modelo vestida por máquina - Foto: Victor VIRGILE/Gamma-Rapho via Getty Images

A Semana de Moda de Paris com a primavera/verão 2020 encerrará nesta terça-feira (01/10/2019). O saldo é uma temporada repleta de coleções marcantes e surpresas. Uma marca, em especial, roubou a cena com ajuda da tecnologia: usando “drones”, a japonesa Issey Miyake lançou looks do teto e as modelos se vestiram na própria passarela. Outras grifes, como Givenchy, Balenciaga e Valentino, também deram o que falar no evento. 

Vem comigo saber tudo!

Issey Miyake

Depois da Dolce & Gabbana apresentar as bolsas da coleção outono/inverno 2018 em drones, a primavera/verão 2020 também mostra que a tecnologia está trazendo mudanças significativas no mundo da moda. No Paris Fashion Week, a marca Issey Miyake, sob o comando de Satoshi Kondo, fez um desfile supermoderno.

O show aconteceu no Centquatre-Paris — uma estrutura que atualmente funciona como um centro cultural, mas que, no século 19, era um espaço para serviços funerários. A apresentação foi disruptiva e descontraída.

Os itens da coleção desceram lentamente do teto por meio de robôs para se encaixarem nas modelos, que anteriormente estavam de lingerie em tons nudes. As hastes transparentes deram a sensação de que as roupas estavam flutuando.

Mas não parou por aí. Algumas modelos giraram em torno do salão, enquanto outras passeavam pela passarela nada convencional em skates.

“Eu queria expressar a alegria de usar roupas e do movimento. Então, você vê as modelos dançando, movendo-se juntas, quase como o vento”, ressaltou Kondo à imprensa internacional.

Entre as peças, conjuntos de alfaiataria, vestidos fluidos e coloridos, macacões acinturados. Nos detalhes, estampas delicadas, franjas e acessórios desconstruídos.

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As modelos entraram na passarela sem as peças da coleção

 

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Elas receberam as roupas que desceram do teto

 

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Teve até skate no salão

 

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A ideia foi garantir diversão e movimento

 

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Franjas complementam a ideia

 

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Modelos se juntaram em uma roda na passarela da Issey Miyake em Paris

 

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Estampas e acessórios impactantes

 

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O desfile foi performático

 

Givenchy

O ano é 1993. Clare Waight Keller chega a Nova York para trabalhar na Calvin Klein. Ao mesmo tempo, passa a mergulhar no universo parisiense constantemente. Atualmente diretora criativa da Givenchy, a britânica recorda esses tempos com a coleção de spring/summer 2020 da grife francesa.

A ideia para reviver o período surgiu depois que a estilista leu o livro 90’s Bitch: Mídia, Cultura e a Promessa Fracassada de Igualdade de Gênero, escrito por Allison Yarrow e lançado em 2018. “O livro me fez perceber como as mulheres eram sexualizadas naquela época e quão pouco reconhecíamos isso – e como o que aconteceu então nos levou para onde estamos agora”, destacou a estilista.

A designer quis revisitar os anos 1990, mas de uma forma consciente e com uma visão mais esclarecida sobre empoderamento feminino. Tudo isso com um toque tomboy, e sem deixar de lado o DNA clássico da Givenchy.

Na passarela, os visuais ganharam uma sensualidade notória. Entre os destaques, cintilância, vestidos elegantes, blazers em looks casuais e silhuetas definidas.

O protagonista da coleção foi o jeans. Calças de cintura alta, macacões rasgados e shorts apareceram em lavagens variadas de denim. As peças foram incrementadas com o toque vintage de golas altas, ombros marcados e decotes cavados.

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A coleção foi batizada de NY Paris 1993

 

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Clare Waight Keller se jogou nos anos 1990

 

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O jeans, com diferentes lavagens, chamou atenção na passarela

 

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A sensualidade se equilibra com a sofisticação da Givenchy

 

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Adorei as saias jeans!

 

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Alfaiataria casual e chique

 

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Silhueta marcada em conjunto com top tomara que caia

 

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O blazer contrasta harmonicamente com a calça jeans descolada

 

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Estampas delicadas e fluidez no desfile da Givenchy

 

Balenciaga

A reta final da Semana de Moda de Paris também contemplou a Balenciaga. Em um estúdio de cinema em Saint-Denis, o desfile teve um cenário azul vibrante. Sob direção criativa de Demna Gvasalia, a marca espanhola deu uma lição de diversidade.

Com uma pegada genderless, a variedade da coleção se estendeu para o casting. Havia modelos de gêneros ilimitados, brancos, negros, asiáticos, e de todas as idades.

Para remeter à vida real, o estilista desenvolveu uma coleção focada em diferentes profissões.”Qualquer que seja a atividade que se exerça, uma peça pode transformar tanto quanto um uniforme”, declarou em comunicado oficial.

O resultado incluiu blazers, casacos e jaquetas oversized. O corte principal foi um clássico de Gvasalia: ombros largos e quadrados com cintura afinada.

O desfile também contemplou ternos desconstruídos e vestidos aveludados ou com brilho, para homens e mulheres. A cartela de cores foi extensa. Entre as estampas, animal print, lettering e poá.

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Sob comando de Demna Gvasalia, os desfiles da Balenciaga nunca são convencionais

 

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Corte reto e bolsos no look corporativo

 

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O laço nas costas aumenta o charme da produção

 

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Cintura marcada e saia volumosa

 

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Brilho e metalizado no autêntico vestido de gala

 

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O animal print foi incrementado com a meia-calça de tom enérgico

 

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Ombro a ombro no vestido aveludado com botas brancas

 

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Assimetria na alfaiataria

 

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Poá no outfit por inteiro

 

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Ombros largos e modelagem quadrada na passarela da Balenciaga

 

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Blazer oversized no look monocromático

 

 

Valentino

Entre combinações monocromáticas de preto ou branco, o neon se destacou na passarela da Valentino. Nuances de rosa, verde, laranja, roxo e amarelo ganharam um toque fluorescente.

O spring/summer 2020 da maison é leve, mas sem economia de pigmentos e texturas. Padronagens tropicais também tiveram espaço na performance.

Pierpaolo Piccioli explicou os looks all white, que abriram o desfile, com o intuito de produzir criações atemporais. “Queria focar em algo universal, voltar à essência da forma e do volume”, disse à Vogue.

“Trabalhei na ideia da camisa branca, mas a tratei com uma sensibilidade de alta-costura”, completou o designer.

Entre as peças, estavam vestidos de modelagem ampla, bermudas e macacões. Transparência, amarrações, babados, mangas bufantes e camadas de tecido deram o remate.

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Os looks em branco abriram o show

 

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O all black também não poderia faltar…

 

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… mas o neon veio com tudo

 

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Pierpaolo Piccioli brincou com modelagens elegantes e fluorescência

 

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Estampa tropical com um complemento neon na bolsa

 

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Transparência e ombro a ombro na coleção de primavera/verão 2020 da Valentino

 

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As variações de neon chamaram atenção

 

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Vestido amplo com padronagem marcante e colarinho

 

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As mangas bufantes valorizaram o outfit

 

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Pierpaolo Piccioli também apostou na assimetria rebuscada

 

 


O último dia de desfiles inclui os shows
 de marcas como Chanel, Miu Miu e Lacoste. Quem fará o encerramento será a Louis Vuitton.

 

Colaborou Rebeca Ligabue

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