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Duda Portella Amorim revela as melhores tendências da temporada

Digital influencer bateu um papo comigo e contou um pouco sobre o curso que fez em Paris e outros detalhes maravilhosos. Vem comigo!

atualizado

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Duda capa
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Duda Portella Amorim possui todas as características de uma fashionista. Sabe receber bem, tem uma conexão forte com as artes e ainda arranja tempo para opinar sobre o universo que vive. Casada com Juliano Amorim, a mineira, de 33 anos, que escolheu Brasília para morar, confessou: sua trajetória não poderia ter sido diferente. Tudo graças às influências dos pais. É bonita, autêntica, engraçada e bem-humorada.

Sabendo de todas essas características, pedi que ela abrisse as portas de sua casa para me falar da paixão pela moda. Além de partilhar um pouco de sua biografia, ela revelou os segredos para se tornar uma digital influencer de sucesso e falou sobre o último curso de tendências que fez pelo renomado Istituto Marangoni em Paris.

Vem comigo!

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

 

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

Quando cheguei à casa da Duda, ela já estava me esperando com um sorriso no rosto, e, como sempre, muito alto-astral. O look era clássico e elegante. O blazer tinha uma pegada anos 1980, enquanto os botões dourados, assim como os brincos, davam aquele toque vintage que ela adora. O look era um mix de peças contemporâneas e acessórios que pertenciam à mãe e à sogra.

“Minha mãe foi modelo e miss. Ela tem roupas e acessórios únicos dessa época porque desfilou para grandes estilistas. O guarda-roupa que herdei dela é maravilhoso. Tem vestidos muito tradicionais e outros que mais parecem figurinos”, brincou Duda.

Arquivo PessoalA calça Zara, a blusa Cris Barros e o blazer Thierry Mugler — peça vintage que herdou da sogra Elisabeth Amorim — eram complementados pelos sapatos Proenza Schouler, a pulseira de Vanda Jacintho, e os belíssimos brincos do acervo da mãe, Daniela Portella. Antenada, ela revelou que o olhar para curadoria criativa a acompanha desde pequena.

“Meu pai, um grande colecionador de arte, foi diretor da Manchete. Então, na infância, vivi de perto o auge da Xuxa. Tinha até a bota branca dela autografada. Nasci num meio artístico muito rico”, contou a digital influencer.

Arquivo Pessoal

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“Todos os membros da minha família trabalham muito e sempre internalizei que precisava ter conteúdo. Não adianta você ser linda, ter estilo e não saber se pontuar e se colocar. Todos nós precisamos entender qual é o nosso papel diante do mundo”, disse.

Crescer nesse ambiente fez com que Duda desenvolvesse uma característica que, ela afirma, fez toda a diferença em sua vida: ser observadora. Quando a adolescência chegou, sabia que queria trabalhar com moda – mesmo sem a aprovação dos pais. “Veio a vontade de fotografar aos 15 anos, mas a minha mãe não me deixou seguir carreira de modelo. Tentei trabalhar com televisão e meu pai também não permitiu. Aí o jeito foi recorrer ao mundo das artes. Sempre tive essa aptidão para desenhar”, relembra Duda.

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

Aos 17 anos, ela decidiu viajar para a Nova Zelândia. O intuito era outra cultura, além de desenvolver um estilo de vida completamente diferente do que tinha no Brasil. Após concluir o ensino médio por lá, embarcou em viagens para Austrália, Miami e Nova York, sempre apurando o olhar e buscando novidades.

“Acabei voltando para o Brasil aos 19 anos. Queria fazer algo relacionado às artes, mas meu pai tinha uma teoria de que, para mexer com isso, você tinha de nascer com um dom. Me subestimou mesmo (risos). Acabei me formando em design de produto porque gostava de desenhar”, contou. Ela terminou a faculdade e decidiu seguir para Paris. Na época, Duda tinha 23 anos e confessa que sua sintonia com a cidade luz consolidou sua paixão pela moda.

Arquivo Pessoal Este ano, voltou à capital francesa para fazer o curso “Styling Image and TrendForecast” do Instituto Marangoni. Nas aulas, entendeu um pouco mais sobre como funciona o movimento de tendências dentro de diferentes ambientes sociais e como a cultura popular e subculturas influenciam a moda e o estilo de vida das pessoas.

“Basicamente, você observa quem está na rua e vê como elas vão ditar as próximas tendências. É um trabalho de campo fenomenal”, comentou. Grande parte da pesquisa foi feita no bairro Marais, em Paris.

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

 

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

 

Além de falar com propriedade sobre análise de tendências e interação de mudanças na moda, Duda revelou vários segredos de sua vida pessoal em nosso bate-papo. Quer saber um pouco mais sobre ela? Leia a nossa conversa abaixo:

Você tem um estilo?
Nada definido. Gosto muito do poder da moda que transforma nossa identidade por meio das peças do nosso guarda-roupa.

Como é sua personalidade?
Sou muito empolgada e inquieta. Se você toma decisões seguindo os seus princípios e a sua intuição, você brilha muito mais e consegue achar seu espaço. Até porque tem espaço para todo mundo.

Existe alguma peça que você não usaria de jeito nenhum?
Sapatos de má qualidade e tecido ruim que me fizesse passar muito calor.

Alguma musa inspiradora?
Minhas amigas. Mas também sou apaixonada por Catherine Deneuve. Caroline De Maigret porque ela é toda cool. Brigitte Bardot, Jane Birkin. Enfim, minha mãe, com certeza é uma musa. Vanda Jacintho também me inspira muito, ela é uma senhora de 85 anos, muito chique e sincera. Até porque a beleza vem de um conjunto de coisas. Aquela beleza simples, não me satisfaz. Gosto de mulheres expressivas.

Quais campanhas você já fez?
Sou muito seletiva, mas entrei de cabeça na do Hugo Boss. É meu segundo ano com eles. Nacionalmente foi a Iorane. Já fiz outros projetos pequenos. Gosto de trabalhar, mas não sou modelo. Não sei chegar lá e só fotografar.

Quem te veste para os grandes eventos?
Desde o começo, Patricia Bonaldi me abraçou. Ela me veste para diversos eventos e grandes festas.

Instagram/Reprodução

Como foi desenvolver uma coleção com Vanessa Montoro?
Tive a oportunidade de fazer essa bela parceria e fiquei muito feliz com a coleção cápsula. A partir disso, tive oportunidade de desenhar peças de roupas. Porque eu nunca tinha feito isso na minha vida. Amei a experiência.

Arquivo Pessoal

 

Se considera blogueira?
Há uns três anos, tive a oportunidade de ir para a semana de moda de Paris. Lá vi que o mundo não era um conto de fadas (risos). Recebi a Vogue no meu apartamento, na França. Minha amiga Taciana Veloso foi a responsável por fazer a conexão com a Daniela Falcão, que me perguntou se eu poderia abrir meu apartamento para a revista junto com Juliana Santos, dona da multimarcas Dona Santa, de Pernambuco. Na época as pessoas ficaram enfurecidas porque ela me escolheu.

Foi quando eu decidi que não iria mexer com blog. Era o meu primeiro approach com o universo da moda e fiquei maravilhada. Mas também muito assustada porque você não tem vida. Ali vi que era um universo fascinante, mas eu teria de abrir mão de muitas coisas. Não queria ser blogueira porque escolhi meu casamento e para mim ficaria muito difícil fazer as duas coisas. Então, divido a minha vida, faço os meus trabalhos, mas em primeiro lugar vem o meu marido.

Arquivo Pessoal

 

De todos os ensinamentos do curso em Paris, o que mais chamou sua atenção?
Eles traduzem de forma fácil e rápida os passos para fazer curadoria de tendências. Você acaba sabendo quais são as novidades que estão acontecendo globalmente.

Tendência que vai bombar nos próximos meses?
Está tudo muito conectado. Até bem-estar e saúde. Hoje em dia, é impossível você falar de moda, sem falar de conforto. E eu prezo isso. A melhor tendência continua sendo estar bem e confortável. Isso é muito mais importante do que estar linda e se sentir fora da sua órbita. Tenho gostado muito da volta do estilo western. Tons pastel, brilho e lurex. Estou numa fase mostarda da minha vida. Nas cores, o azul, o branco e o magenta também prometem vir com tudo.

Tem uma marca favorita?
Amo Dolce & Gabbana. Para bolsas, sou apaixonada em Birkins. Por mim, eu só teria ela de todos os tamanhos. A Kelly é maravilhosa também. Gosto muito de Proenza Schouler, é uma marca que faz um trabalho atemporal. Adoro as roupas da Céline. A Saint Laurent está com uma proposta tão diferente e inovadora que eu me apaixonei. As bolsas novas da marca pegaram tanto que dá vontade de colecionar.

Arquivo Pessoal

Quase chegando a temporada de férias, o que não pode faltar na sua mala?
Acessório. Nem que seja um lenço. Posso te dizer que um simples lenço pode criar uma produção totalmente distinta. Pode amarrar no cabelo, mudar o look, colocar na bolsa. E calcinha. Porque, vou te contar uma coisa, já esqueci de levar calcinha na mala, saí para comprar e foi um desespero (risos).

Já tem algum destino que gostaria de conhecer?
Marrakesh. Todos aqueles cactos, suculentas e o deserto me encantam. Tenho muita curiosidade em conhecer a cultura do Marrocos.

Algum lugar não podemos deixar de conhecer?
Com certeza Paris e Londres. São duas cidades completamente diferentes, com culturas muito distintas. Para mim, são fontes de inspiração. Desde o design, passando pelas ruas e prédios e, é claro, as pessoas.

Planos para o futuro?
Estou com vários projetos para o ano que vem, mas bem voltados para o mundo da moda e do comportamento. São parcerias com outras marcas, já que sou designer e adoro essa parte de criação. Já tenho surpresas para o carnaval. Em breve, vocês vão saber quais.

Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles

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