Após polêmica com bolsas digitais falsas, Hermès entra no metaverso
No início deste ano, a marca francesa reprovou o projeto MetaBirkins, criado por Mason Rothschild. Em contrapartida, virou adepta de NFTs
atualizado
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![Ilustração de Kimberly Elliott para a Hermès. Na arte, uma pessoa segura várias bolsas ao mesmo tempo](https://fly.metroimg.com/upload/q_85,w_700/https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05160644/Hermes-ilustracao-Kimberly-Elliott.jpg)
Uma das marcas mais luxuosas e exclusivas do mundo, a Hermès vai entrar no metaverso. O pedido de marca registrada ocorre meses depois de a label francesa entrar com uma ação contra o projeto NFT MetaBirkins por usar a famosa Birkin para vender colecionáveis digitais acusados de serem falsos.
Vem entender!
Para oficializar a chegada ao metaverso, a Hermès deu início a uma marca registrada, com o objetivo de estabelecer as bases na Web3.0. A grife vai expandir a atuação para tokens não fungíveis (NFTs), assim como a negociação de criptomoedas e mercados de bens virtuais, como roupas, acessórios e calçados.
O registro no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO, na sigla original) foi realizado em 26 de agosto. A ação foi revelada pelo advogado de trademark Michael Kondoudis, em um post no Twitter.
![Fachada de loja em shopping](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/08/19170807/capa-306.jpg)
![Bolsa NFT](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/01/06185719/bolsa004.jpg)
![Ilustração de Florent Groc para a Hermès.](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05161325/Hermes-ilustracao-Florent-Groc.jpg)
![Ilustração de para a Hermès](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05161332/Hermes-ilustracao-Johanna-Dumet-1.jpg)
![Ilustração de para a Hermès](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05161350/Hermes-ilustracao-Johanna-Dumet.jpg)
A Hermès também se cadastrou no metaverso para comércio em “ambientes on-line de realidade virtual, aumentada ou mista”. Isso significa que a label poderá participar e realizar desfiles digitais de moda.
A novidade surge logo depois de a marca francesa tentar impedir legalmente o artista Mason Rothschild, em janeiro, de deixar bolsas virtuais em circulação. Ele supostamente usava o nome Birkin da marca para ganhar dinheiro com vendas e revendas de coleção NFT Metabirkins.
Na ocasião, a Hermès alegou que a “marca MetaBirkins simplesmente rouba a famosa marca registrada da bolsa Birkin da Hermès, adicionando o prefixo genérico ‘meta’ à famosa marca registrada Birkin”. Dessa forma, por meio de uma espécie de plágio, criava-se a ilusão de que o projeto de NFT fazia parte da etiqueta de luxo.
![Ilustração de Pierre Le-Tan ara a Hermès](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05161356/Hermes-ilustracao-Pierre-Le-Tan-archives.jpg)
![Ilustração de para a Hermès](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05161344/Hermes-ilustracao-Johanna-Dumet-3.jpg)
![Ilustração de para a Hermès](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2022/09/05161338/Hermes-ilustracao-Johanna-Dumet-2.jpg)
O surgimento de NFTs e a ascensão do metaverso trouxeram uma oportunidade para as marcas globais inovarem com novas formas de se conectar com os clientes. Vale destacar que os produtos físicos da Hermès são cobiçados e completamente elitistas, inclusive com listas de espera para aquisição de bolsas clássicas como Birkin e Kelly. Provavelmente, no metaverso, a sofisticação e a exclusividade serão mantidas.
Colaborou Rebeca Ligabue