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PT já encara Eduardo Leite como adversário de Lula

Aliados de Lula já contabilizam que o PSD de Gilberto Kassab irá mesmo lançar o governador gaúcho para disputar o Palácio do Planalto

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, saindo do STF após reunião sobre ICMS com a ministra Rosa Veber.
1 de 1 Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, saindo do STF após reunião sobre ICMS com a ministra Rosa Veber. - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Apesar de ainda conversar com Gilberto Kassab, parte do PT já contabiliza que terá como concorrente no primeiro turno das eleições deste ano um candidato do PSD. E que o escolhido deve ser o governador gaúcho, Eduardo Leite.

Aliados do ex-presidente Lula admitem que, por causa das conjunturas internas do PSD, não será mesmo possível contar com Kassab no primeiro turno do pleito de outubro. E avaliam que a tendência é que Leite seja o nome do partido centrista na disputa pela Palácio do Planalto.

Segundo um interlocutor de Lula à coluna, “Kassab tem no PSD gente mais lulista que muito petista, e ao mesmo tempo tem uma leva de bolsonaristas”. Isso inviabilizaria uma união formal no primeiro turno.

Houve até mesmo uma tentativa de levantar a possibilidade de Leite ser indicado como vice de Lula pelo PSD. Entretanto, a ideia foi rechaçada de pronto pelo petista que já vê consolidado seu casamento com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

A entrada de Leite na campanha, entretanto, não é vista como um entrave para Lula, que espera contar com o apoio de Kassab e do próprio governador gaúcho em um segundo turno contra Bolsonaro. “Vamos enfrentar o Bolsonaro. Nosso adversário é ele.  Mas sim, devemos ter um nome do PSD na campanha”, disse em reservado um parlamentar petista.

Como mostrou a coluna, quem mais teme uma candidatura de Eduardo Leite ao Palácio do Planalto é a campanha de Jair Bolsonaro. O diagnóstico dos bolsonaristas é de que Leite tem mais potencial que outros nomes da terceira via, entre eles, o ex-juiz Sergio Moro, para tirar votos tanto de Bolsonaro e até de uma parte do eleitorado do ex-presidente Lula.

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