PF manda resposta “incompleta” à CPI sobre inquérito da Covaxin
Comunicação foi feita por meio de certidão emitida pela corporação em 1º de julho e enviada, em caráter sigiloso, à comissão
atualizado
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A Polícia Federal (PF) declarou formalmente à CPI da Covid ter localizado um inquérito relacionado ao contrato de compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.
A comunicação foi feita por meio de uma certidão emitida pela corporação em 1º de julho e enviada à comissão, em caráter sigiloso, em 4 de julho. A coluna teve acesso ao documento.
Na certidão, contudo, a PF não informa detalhes sobre o inquérito, como a data de abertura. Isso levou senadores do grupo majoritário da CPI a considerarem a resposta “incompleta”.
Veja o documento:
Certidão PF Inquérito Covaxin by Metropoles on Scribd
Com base nessa avaliação, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou um requerimento cobrando da PF informações como a data de instauração e o compartilhamento do conteúdo do inquérito.
O objetivo da CPI é identificar se a Polícia Federal só abriu a investigação após a CPI questionar a corporação, em 23 de junho, ou se havia instaurado algum inquérito para apurar o contrato.
O questionamento foi feito pela CPI após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) dizer que denunciou a Jair Bolsonaro, em 20 de março, supostas irregularidades no contrato, e que o presidente teria prometido acionar a PF.
A CPI quer entender se o inquérito mencionado pela PF na certidão é o mesmo aberto pela corporação para apurar o contrato em 30 de junho, ou seja, após o questionamento da comissão.