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Lula questiona meta de inflação: “Se meta está errada, muda-se a meta”

Apesar das críticas aos juros, Lula sinalizou que não pretende defender a saída do presidente do Banco Central, como fazem petistas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente Lula
1 de 1 Presidente Lula - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Lula questionou nesta quinta-feira (6/4), em café da manhã com jornalistas, a meta de inflação no Brasil e voltou a criticar a taxa de juros no país, o qual chamou de “humanamente impossível”.

“Não sei se foi a partir de algum de vocês (jornalistas), mas esses dias eu li uma frase que eu não sei se foi dita pelo presidente do Banco Central que, para atingir a meta de 3%, precisaria de juro de 20%. Não sei se foi verdade isso, mas, no mínimo é uma coisa, não razoável. Porque se a meta (de inflação) está errada, muda-se a meta”, afirmou Lula. O colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, estava entre os jornalistas convidados.

Lula comparou a meta de inflação a uma meta de vida. “Se você tem alguém que estabelece uma meta e não vai cumprir, é como você estabelecer meta para sua vida e sabe que não vai cumprir”, disse.

Hoje, a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) para 2023 é de 3,25%, podendo oscilar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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A meta é utilizada pelo Banco Central como um dos o parâmetros para definir a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, uma das mais altas do mundo.

Saída de Campos Neto

Apesar das divergências com a política monetária do Banco Central, Lula sinalizou que não vai defender a saída do presidente da entidade, Roberto Campos Neto, do cargo, como alguns petistas têm feito.

“Não vou ficar brigando com o presidente do Banco Central. Ele tem mais dois anos de mandato, quem escolheu ele foi o Senado, daqui a dois anos discutimos mudança”, disse Lula.

Política de crédito

Lula afirmou que, após retornar de sua viagem à China na próxima semana, o governo discutirá uma “política de crédito” no Brasil para diferentes setores.

“Vamos ter que discutir com muita clareza, quando eu voltar da China, a política de crédito para pequeno e médio empreendedor, para as cooperativas, para o agronegócio, pequenos e médios empresários, pequeno e médio agricultor”, disse.

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