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Fora da agenda, Lula se reúne com embaixador do Brasil em Israel

Presidente Lula recebeu embaixador do Brasil em Israel nessa terça-feira (12/3), no Palácio do Planalto, fora da agenda oficial

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Imagem colorida do presidente Lula em discurso na Guiana - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente Lula em discurso na Guiana - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

O presidente Lula recebeu o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, nessa terça-feira (12/3), no Palácio do Planalto. A reunião, que não consta na agenda oficial do petista, teve também as presenças do chanceler Mauro Vieira e do ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial de Lula.

Na conversa, segundo apurou a coluna, Meyer fez um relato da situação em Israel e das conversas que tem tido com autoridades israelenses. No encontro, também foram discutidos os convites feitos por Israel para que Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, visitem o país.

Meyer está no Brasil desde o último dia 21 de fevereiro. O embaixador voltou ao país após ser chamado pelo Itamaraty para “consultas”, em uma demonstração de contrariedade do governo com as recentes ações de Israel.

A crise diplomática entre os dois países começou em meados de fevereiro, após Lula dar uma declaração   comparando o assassinato de civis palestinos por forças israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto.

Carta a Bolsonaro

Nesta semana, a coluna revelou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou Lula na carta enviada a Bolsonaro, na qual o líder israelense convidou o ex-presidente brasileiro a visitar aquele país.

O documento foi enviado por Netanyahu em 26 de fevereiro, um dia após Bolsonaro ter participado de uma manifestação em seu desagravo na Avenida Paulista, em São Paulo.

Na carta, o primeiro-ministro israelense saudou Bolsonaro por ter balançado uma bandeira de Israel no ato em São Paulo e, sem mencionar explicitamente Lula, fez críticas ao atual chefe do Palácio do Planalto.

“Ainda ontem (25/2), você demonstrou sua solidariedade ao povo e ao Estado de Israel, agitando orgulhosamente a bandeira israelense num comício em São Paulo. Esta foi uma rejeição clara e moralmente sólida às acusações ultrajantes de seu sucessor contra as operações das FDI (Forças de Defesa de Israel) em Gaza”, escreveu o primeiro-ministro, em tradução livre feita pela coluna.

PT e Itamaraty devem ignorar

O Itamaraty e parlamentares do PT, entretanto, pretendem ignorar, pelo menos por ora, a crítica feita por Netanyahu a Lula na carta enviada a Bolsonaro. A avaliação é de que uma eventual resposta escalonaria a crise.

A ordem no partido de Lula é ignorar as atitudes do governo de Israel e evitar manifestações de deputados e senadores petistas sobre o assunto, deixando para o Itamaraty resolver o tema por meio dos canais diplomáticos.

Como mostrou a coluna, o gabinete de Netanyahu também enviou uma carta para Tarcísio de Freitas, convidando o governador de São Paulo para uma reunião com o primeiro-ministro em Israel na próxima semana.

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