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Ciro Nogueira chama Lula-Alckmin de chapa “chula”

Em entrevista ao Metrópoles, Ciro Nogueira chamou chapa Lula-Alckmin de “chula” e previu que Sergio Moro acabará sendo candidato a deputado

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Em entrevista na redação do Metrópoles, o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira é fotografado gesticulando - Metrópoles
1 de 1 Em entrevista na redação do Metrópoles, o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira é fotografado gesticulando - Metrópoles - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Ministro da Casa Civil e coordenador da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira está empenhado em atacar as candidaturas dos dois principais adversários políticos do chefe: o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e o ex-presidente Lula (PT).

Em entrevista ao Metrópoles nessa segunda-feira (7/2), o chefe da Casa Civil disparou contra os dois. Previu, por exemplo, que Moro acabará sendo candidato a deputado federal. E cunhou a aliança entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin de chapa “chula”.

“Eu imagino como que vai ser chamada essa chapa: é a junção do chuchu com o Lula. Vai ser chula a chapa. Não combina, gente. É uma tentativa de enganar o eleitor”, disparou Ciro Nogueira, numa referência ao apelido jocoso de “picolé de chuchu” pelo qual Alckmin é chamado.

Ex-aliado de Lula, Ciro Nogueira afirmou que “não adianta o PT tentar enganar a população” dizendo petistas como a ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro José Dirceu e a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, não governarão ao lado do ex-presidente, caso ele seja eleito.

“Uma coisa nós conseguimos nesse processo, quando a gente começou a falar dessas pessoas: já caiu o primeiro ministério do Lula. O [ex-ministro da Fazenda Guido] Mantega já disse que não vai ser ministro, o Zé Dirceu disse que não vai ser ministro. Mas eles vão indicar os ministros”, declarou Ciro Nogueira.

Lula tentou se aproximar

O ministro da Casa Civil admitiu ter sido procurado por interlocutores de Lula para uma possível conversa entre os dois, mas disse ter recusado, porque estará ao lado de Bolsonaro. “As pessoas não iam entender um encontro meu com o presidente Lula, por mais cordial que fosse a conversa”, justificou.

Ciro Nogueira, no entanto, evitou responder se o Progressistas, partido que comanda, vai compor com Lula ou se partirá para a oposição, caso o ex-presidente petista venha a vencer as eleições presidenciais deste ano. “Isso [eleição de Lula] não vai acontecer”, desconversou.

Bolsonaro em primeiro e Moro deputado

Embora o ex-presidente lidere as últimas pesquisas, o ministro previu que Bolsonaro chegará ao primeiro turno das eleições em primeiro lugar. Segundo ele, sua previsão é baseada em levantamentos recentes que estariam mostrando uma redução na vantagem do petista em relação ao atual presidente.

Ainda sobre o cenário eleitoral, o ministro da Casa Civil disse achar “difícil” Moro “continuar com a candidatura” ao Planalto. Para Nogueira, o ex-juiz não conseguirá sequer ser candidato ao Senado, como também se especula. “Acredito que o Moro vai ser candidato a deputado federal”, afirmou o ministro ao Metrópoles.

Mourão e a vice-Presidência de Bolsonaro

Na entrevista, Ciro Nogueira afirmou ainda que Bolsonaro deve escolher outro nome para ser seu candidato a vice-presidente neste ano. Segundo o ministro, o atual vice, Hamilton Mourão, “deve ser candidato ao Senado, ou pelo Rio Grande do Sul ou pelo Rio de Janeiro”.

O chefe da Casa Civil confirmou ter se reunido com Mourão, na semana passada, para discutir o cenário eleitoral, como revelou a coluna. Segundo ele, o encontro ocorreu “a pedido do próprio presidente”, para assuntar o general sobre os planos eleitorais dele para este ano.

Ciro Nogueira também admitiu trabalhar para que o atual vice presidente seja candidato ao Senado pelo Rio. “Levei minha opinião de que é muito importante, para o processo político nacional, e até para o apoio do presidente, nós termos o Mourão disputando essa missão”, contou.

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