1 de 1 Na imagem colorida, um homem está posicionado à esquerda. Ele veste blazer escuro e gravata preta. Ele possui cabelo preto
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Aliados do ex-juiz Sergio Moro admitem que as vaias recebidas pelo presidenciável do Podemos ao desembarcar em João Pessoa, na Paraíba, na quinta-feira (6/1), irão acontecer novamente. Mas, na avaliação deles, isso não quer dizer que elas são representativos.
Na visão de deputados que apoiam a candidatura de Moro e o acompanharam na viagem, as vaias partiram de uma “minoria radicalizada” que apoia os dois principais adversários de Moro: o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).
A avaliação desses aliados do ex-juiz é que o nome de Moro é o que mais incomoda ambos os lados e, por isso, tende a mobilizar as militâncias bolsonaristas e petistas. Principalmente quando as agendas do ex-ministro forem divulgadas previamente.
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Igo Estrela/Metrópoles
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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão
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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão
HUGO BARRETO/ Metrópoles
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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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“É um porcentual pequeno de uma ala radicalizada menor do que a maioria moderada”, avaliou à coluna o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), que esteve com Moro na Paraíba. Vice-presidente do PSL paulista, Bozzella é um dos entusiasta do apoio do partido ao ex-juiz em 2022.
O próprio Moro minimizou as vaias recebidas no aeroporto de João Pessoa. O pré-candidato disse que ouviu “uma ou duas pessoas” lhe vaiando e que “provavelmente foram pagas” para lhe importunar. “Nesses tempos de internet, pega duas pessoas, que provavelmente foram pagas, e faz uma gritaria”, afirmou.
Para contrapor a divulgação das vaias, aliados do presidenciável do Podemos já prepararam um vídeo a ser divulgado em breve pelas redes sociais. A peça mostrará o ex-juiz recebendo aplausos e cumprimentos ao desembarcar na Paraíba.