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Weintraub se filiou a sigla que não é de direita, esquerda nem centro

Ao contrário do ex-ministro de Bolsonaro, Brasil 35 atacou racismo e elogiou OMS; Abraham Weintraub é pré-candidato ao governo de São Paulo

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, chega na Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste de São Paulo
1 de 1 O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, chega na Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste de São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Brasil 35, partido que filiou o ex-ministro Abraham Weintraub no sábado (12/2), não é de direita nem conservador, segundo a própria sigla. Além dos rótulos, a legenda tem posicionamentos opostos ao do pré-candidato ao governo paulista: prega respeito às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter a pandemia e diz que “vidas negras e faveladas importam”.

“Nem de direita, nem de esquerda e nem do centro”, afirmou um texo divulgado pelo Brasil 35 em abril de 2021, quando fez uma convenção nacional para abandonar o nome Partido da Mulher Brasileira (PMB).

No último sábado (12/2), o próprio Weintraub fez questão de anunciar o slogan de sua filiação: “Nem esquerda, nem centrão. Conservadores”. O Brasil 35 fingiu que não viu e ignorou o mote em seus canais oficiais.

O site do Brasil 35 tem um artigo que alerta para o racismo no país. “O racismo existe, o racismo é humano, é uma decisão diária, uma decisão errada! Vidas negras e faveladas importam!”, disse o texto, relembrando a morte do menino João Pedro, no Rio de Janeiro em 2020, e de George Floyd nos Estados Unidos. Weintraub, por sua vez, foi investigado por racismo contra o povo chinês e afirmou em uma reunião ministerial: “Odeio o termo ‘povos indígenas’, odeio esse termo. Odeio”.

Outro tema que passa longe dos posicionamentos de Weintraub: o respeito a medidas sanitárias na pandemia. “Vamos obedecer às ordens que a OMS tem passado”, pediu outro artigo do Brasil 35, acrescentando: “Temos, sim, que aderir ao isolamento social para que esse vírus não se propague mais”. O ex-ministro de Bolsonaro atacou recomendações da OMS e defendeu tratamentos ineficazes contra a Covid.

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