metropoles.com

TSE afirma que servidor foi demitido por assédio moral

Tribunal Superior Eleitoral vai apurar relatos de assédio moral contra servidor Alexandre Gomes Machado

atualizado

Compartilhar notícia

Gustavo Moreno/Metrópoles
Segurança do TSE próximo as cúpulas no TSE
1 de 1 Segurança do TSE próximo as cúpulas no TSE - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgará em instantes que a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, que ocupava o cargo em comissão de confiança de assessor da Secretaria Judiciária ocorreu por indicações reiteradas de assédio moral, inclusive por motivação política, que seguem sob apuração.

A reação do servidor ao procurar a PF foi, segundo o TSE, uma “tentativa de evitar sua possível e futura responsabilização em processo administrativo que será imediatamente instaurado”.

De acordo com o tribunal, as alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas.

“Ao contrário do informado em depoimento, a chefia imediata do servidor esclarece que nunca houve qualquer informação por parte do servidor que ‘desde o ano 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existam falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita'”, afirma a nota do TSE.

Segundo o TSE, se o servidor, no exercício de suas funções, identificou alguma falha nos procedimentos, deveria, segundo a lei, ter comunicado imediata e formalmente ao superior hierárquico, sob pena de responsabilização.

Ainda de acordo com o TSE, compete às emissoras de rádio e de televisão cumprirem o que determina a legislação eleitoral sobre a regular divulgação da propaganda eleitoral durante a campanha.

“É importante lembrar que não é função do TSE distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las, e aos candidatos o dever de fiscalização, seguindo as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610/2019”, diz a nota.

Atrás nas pesquisas, Jair Bolsonaro vem difundindo há dois dias a acusação de que rádios do Nordeste não teriam veiculado suas inserções. Na segunda-feira (24/10), o ministro das Comunicações, Fabio Faria, disse que rádios do país deixaram de veicular algo em torno de 154 mil inserções do presidente. A campanha alega que apenas no Nordeste teriam sido 29 mil inserções a menos, o que estaria favorecendo o candidato oposto.

Ao apresentar as denúncias à imprensa e ao TSE, no entanto, não foram apresentados detalhes sobre as supostas irregularidades. No dia seguinte, a campanha de Bolsonaro indicou oito rádios que não teriam feito a veiculação.

Alexandre Gomes Machado procurou a PF na manhã de hoje, após a exoneração, e afirmou ter sido vítima de abuso de autoridade, dizendo temer por “sua integridade física ou que lhe sejam imputados fatos desabonadores para desviar o foco de problemas na fiscalização de inserções por parte do TSE”.

Machado disse ter sido exonerado 30 minutos após informar à servidora Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da presidência do TSE, que uma emissora de rádio admitiu ter deixado de repassar 100 inserções da campanha de Bolsonaro, entre 7 e 10 de outubro.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?