Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari

Recuperação de Bolsonaro não muda planos do PT para Lula ir às ruas

PT concentrará esforços em negociações partidárias durante todo o mês de abril e só pretende colocar Lula de volta nas ruas em maio

atualizado 07/04/2022 13:29

Ex-presidente Lula participa de encontro Internacional Democracia e Igualdade na UERJ, durante passagem de compromissos políticos no Rio. Aline Massuca/Metrópoles

O PT não planeja alterar a estratégia eleitoral para responder ao crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas. A direção petista pretende usar todo o mês de abril para conduzir negociações partidárias e só colocará Lula de volta nas ruas após o lançamento de sua candidatura, previsto para ocorrer em maio.

O calendário petista reserva todo o mês de abril para Lula discutir as alianças partidárias para a eleição. O PT ainda tem diferenças para resolver com o PSB em alguns estados e mantém conversas com alas do MDB e do PSD.

O lançamento da candidatura de Lula poderá ocorrer no 1º de maio, feriado em que se comemora o Dia do Trabalho, mas o martelo não foi batido, porque as centrais sindicais costumam organizar eventos para celebrar a data.

Lula só construirá uma agenda de eventos públicos após o lançamento da candidatura ao Palácio do Planalto. Um exemplo disso é a forma escolhida para oficializar Geraldo Alckmin como vice-presidente na chapa. Por enquanto, a solenidade ocorrerá numa reunião reservada para poucos dirigentes do PT e do PSB em um hotel em São Paulo.

A pesquisa divulgada pelo Ipespe nesta quarta-feira (6/4) mostrou que Bolsonaro cresceu quatro pontos percentuais com a saída de Sergio Moro da corrida presidencial. Bolsonaro ganhou 7% de intenções de voto entre os mais pobres e 4% entre as mulheres. A recuperação do presidente nesta pesquisa ultrapassou a margem de erro, de 3,2%.

Com os ganhos de popularidade, Bolsonaro consolidou sua presença na segunda posição, com 30% das intenções de voto. Lula continua como o líder dos levantamentos, mas sem conseguir estancar a queda da vantagem que abriu para Bolsonaro. Há algum tempo, o petista encontra-se estagnado nas pesquisas, com 44% das intenções de voto.

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