Publicação de Freixo sobre candidatura de Haddad em SP pega mal no PSB
A postagem de Freixo, que já foi deletada, causou insatisfação no PSB por tratar o petista Fernando Haddad como candidato ao governo de SP
atualizado

Uma postagem do deputado Marcelo Freixo trouxe mais desarmonia para a cúpula do PSB. Na publicação, que foi deletada na noite desta terça-feira (4/1), Freixo tratava o petista Fernando Haddad como candidato ao governo de São Paulo. O PSB tem insistido para que o PT apoie Márcio França no estado.
Freixo apagou a postagem após a repercussão negativa no partido. O post desagradou as alas do PSB que estão insatisfeitas com a postura do PT nas negociações eleitorais, como é o caso dos diretórios de São Paulo e do Rio Grande do Sul. O presidente da sigla, Carlos Siqueira, também desaprovou a publicação.
O texto escrito por Freixo era acompanhado de uma matéria publicada pela jornalista Berenice Seara sobre uma reunião em que Lula teria dito ao deputado federal que Haddad será o candidato do PT em São Paulo.
O PSB discute a filiação de Geraldo Alckmin para ser vice de Lula na disputa presidencial, mas exige contrapartidas para fechar a aliança. A relação entre os partidos ficou estremecida com a relutância do PT em manter a candidatura de Haddad e não apoiar França.
Freixo deixou o PSol para ser o candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro. Ele espera contar com o apoio de Lula na eleição, independentemente de qual for o desfecho das conversas entre PT e PSB.
(Atualização às 11h39 do dia 05 de janeiro de 2022 – Em nota, Marcelo Freixo atribuiu a postagem à equipe que cuida de suas redes sociais e explicou por que decidiu apagá-la. “Retiramos a postagem porque foi um ato imediato da nossa equipe, de compartilhar uma matéria da Berenice, algo corriqueiro no dia a dia das redes sociais. Só que a gente está trabalhando pela federação e pela unidade com calma, sem ferir suscetibilidades de ninguém. Achei adequado retirar, mas sigo amplamente a favor da unidade”, disse o deputado.)

Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022 Ana Nascimento/ Agência Brasil

Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos Band/Reprodução

Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula Filipe Cardoso/ Metrópoles

No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista Michael Melo/Metrópoles

A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República Michael Melo/Metrópoles

O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país Igo Estrela/Metrópoles

De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista Igo Estrela/Metrópoles

A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria Ana Nascimento/ Agência Brasil

Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026 Rafaela Felicciano/Metrópoles
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