O coronel reformado Ricardo Mello, que preside a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), usou os advogados da estatal federal para mover uma ação por danos morais contra o senador Giordano, do MDB de São Paulo. A queixa foi julgada improcedente no último dia 19.

Na decisão, o juiz Baiardo de Brito Pereira Junior disse não ver irregularidades no uso dos advogados da estatal por parte de Mello, mas orientou o senador Giordano a questionar a Ceagesp sobre eventuais desvios.

Mello afirmou durante o processo que o estatuto da Ceagesp lhe confere a prerrogativa de ser representado juridicamente pelos advogados da estatal. A Ceagesp não respondeu o pedido da coluna para comentar o caso.

O coronel recorreu à Justiça por ter se sentido ofendido com as justificativas do senador para apresentar um projeto que estimula empresários a reaproveitarem alimentos excedentes da Ceagesp para fazer doações a pessoas carentes.

O juiz declarou que Giordano não poderia ser punido por considerar que “a questão seria de fácil solução pelo autor”. Segundo o magistrado, as declarações do senador sobre o assunto tiveram “nítido contexto de crítica” e não tinham o “fim específico de ofender a honra do autor”.

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