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Pré-candidato, diretor da Abin faz campanha eleitoral no cargo

Alexandre Ramagem concorrerá à Câmara pelo partido de Bolsonaro; diretor da Abin é amigo da família Bolsonaro

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Alexandre Ramagem
1 de 1 Alexandre Ramagem - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, tem feito campanha eleitoral enquanto ainda ocupa o cargo público. Neste sábado (26/2), Ramagem publicou em redes sociais que o governo Bolsonaro armou o “cidadão de bem” e também atacou governos petistas. Pré-candidato, o amigo da família Bolsonaro se filiará ao PL, partido do presidente.

“Em curto espaço de tempo, uma efetiva e justa reforma agrária, finalmente! Armamento ao cidadão de bem. O homem do campo exercendo a legítima defesa de sua família e de suas terras. Bendita e completa desestruturação das invasões do MST”, escreveu Ramagem, ao compartilhar um vídeo que promove Jair Bolsonaro.

Transmitido pela estatal Empresa Brasil de Comunicação, o vídeo mostra um homem que mora em um assentamento dizer, ao lado de um Bolsonaro sorrindo e gritando de empolgação: “Bolsonaro não é a princesa Isabel, mas é o libertador de todos os assentados”, afirmou o homem, exaltando Bolsonaro e comparando a regularização fundiária ao fim da escravidão no país.

Na mesma publicação, Ramagem disse que os governos do PT cometeram ações desastrosas em títulos rurais, ao passo que Bolsonaro se valeu de um modelo “eficiente”.

“Governo Bolsonaro distribuiu em 3 anos mais de 300 mil títulos de propriedade rural, mesmo durante a pandemia. Governo PT, 266 mil títulos em desastrosos 14 anos. Eficiente modelo fundiário com regulamentação de propriedades rurais, atendendo função social e econômica do Estado”.

Ramagem é amigo dos Bolsonaro. Nas redes sociais, o chefe da Abin já adulou ministros, atacou a legitimidade das eleições e medidas sanitárias contra a Covid. Em 2020, foi nomeado pelo presidente para comandar a PF, órgão no qual é servidor, mas foi impedido de assumir pelo STF, que temia uma intervenção de Bolsonaro na instituição.

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