Jair Bolsonaro registrou quase o mesmo percentual de votos na pesquisa espontânea e na estimulada, de acordo com o último levantamento feito pelo Ipespe/XP, divulgado nesta sexta-feira.
Nos dois cenários estimulados testados, quando os nomes dos prováveis candidatos são apresentados ao entrevistado, o presidente teve 24% e 25%. Já na espontânea, 25% deram seu nome sem nenhum tipo de estímulo.
A única diferença entre as duas listas apresentadas nas pesquisas estimuladas está na presença do ex-ministro Sergio Moro. Quando ele é candidato no primeiro turno, Bolsonaro tem 24%. Sem ele e com a entrada de Alessandro Vieira entre os pleiteantes, seus votos sobem para 25%.
O mesmo não acontece com Lula, que teve 35% na espontânea e 44% na estimulada. O mais comum em pesquisas é ocorrer um crescimento ao passar da espontânea para a estimulada, com indecisos escolhendo candidatos.
O resultado semelhante nos dois tipos de pergunta pode indicar a consolidação do tamanho da base bolsonarista e os problemas que o presidente tem para ir além dela.

O presidente Jair Bolsonaro e a equipe do governoIgo Estrela/Metrópoles

Bolsonaro participa de ato a favor do governoHugo Barreto/Metrópoles

Bolsonaro provoca aglomeração em eventos públicos que tem realizado pelo paísHugo Barreto/Metrópoles

Presidente Jair BolsonaroIgo Estrela/Metrópoles

Bolsonaro em cerimônia no Palácio do PlanaltoIgo Estrela/Metrópoles

Presidente cumprimenta apoiadoresHugo Barreto/Metrópoles

Bolsonaro em cerimônia no PlanaltoHugo Barreto/Metrópoles

Presidente deixa o Palácio da Alvorada

Bolsonaro com máscara de proteção contra o novo coronavírusRafaela Felicciano/Metrópoles

Bolsonaro com máscara de proteção contra o novo coronavírusRafaela Felicciano/Metrópoles

Bolsonaro durante coletiva no Palácio do PlanaltoRafaela Felicciano/Metrópoles

Bolsonaro já encorajou a população a entrar nos hospitais e filmar os leitos de UTIRafaela Felicciano/Metrópoles

Bolsonaro tira foto com apoiadoresRafaela Felicciano/Metrópoles
Eleitores que não apresentam seu nome na espontânea — ou seja, eleitores que provavelmente não são bolsonaristas convictos — não parecem se entusiasmar com a candidatura de Bolsonaro quando ele aparece entre as opções.
Outra pesquisa presidencial divulgada nesta semana foi a da Quaest/Genial. Nela, Bolsonaro teve 16% na espontânea e 23% na estimulada. Já Lula passa de 27% para 45%.
Apesar de numericamente diferentes, o levantamento mostra uma tendência parecida. Um Bolsonaro prisioneiro do seu núcleo duro de eleitores e Lula conquistando mais votos quando a lista de nomes é apresentada.
A notícia é ruim para Bolsonaro porque não é ele quem lidera as pesquisas. Se o mesmo acontecesse com ele num patamar de 45% dos votos, como aparenta ter hoje Lula, a conversa seria outra. Como não é o caso, sua campanha precisará encontrar uma maneira de ele ir além de seu público cativo, mas sem perdê-lo.