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Novo quer filiar Moro e Deltan e tenta crescer para sobreviver

Partido Novo filiou seu primeiro senador, Eduardo Girão, nesta semana

atualizado

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Arte/Metrópoles
Deltan e Moro
1 de 1 Deltan e Moro - Foto: Arte/Metrópoles

Após a filiação do senador Eduardo Girão ao Novo, o partido está convidando outros parlamentares de direita para tentar fazer com que a sua bancada cresça nos próximos anos.

Na última eleição, o Novo elegeu apenas três deputados e não passou na cláusula de barreira. Por isso, o partido não recebe mais fundo partidário.

O presidente do partido, Eduardo Ribeiro, esteve em Brasília na última semana e procurou os senadores Sergio Moro, do União Brasil, Oriovisto Guimarães, do Podemos, e Styvenson Valentim, do Podemos.

Na Câmara dos Deputados, Deltan Dallagnol, deputado do Podemos do Paraná, também foi procurado. Ao contrário do que ocorre no Senado, porém, Dallagnol só poderá mudar de partido em 2026, a menos que a mudança seja autorizada pela legenda que o elegeu.

Também estão na lista de cortejados pelo partido Novo o economista Marcos Cintra e Andrea Mattarazzo, ex-embaixador do Brasil em Roma.

Para se tornar mais atrativo, o Novo quer começar a liberar filiados para o uso dos rendimentos do fundo partidário que, desde a criação do partido, não são usados pela legenda. O partido se opõe à existência do fundo, mas não deixa de receber os valores porque eles seriam redistribuídos às demais legendas.

Hoje, há R$ 100 milhões em caixa, cujos rendimentos podem subsidiar eventos e estrutura de gestão partidária nos estados.

Procurado, Ribeiro disse que suas conversas com os parlamentares são voltadas à construção de uma oposição suprapartidária no Congresso.

“O Novo é uma casa de partido de oposição liberal. Temos princípios que queremos trazer para a política. E o importante nesse momento é que temos um posicionamento claro de oposição ao Lula e ao PT”, afirmou à coluna.

“O grande problema que nós vamos enfrentar é o petismo tentar tachar todo mundo que não é petista de bolsonarista, de antidemocrática. É o que fizeram depois da ditadura militar, dizer que, se você é de direita, você é a favor da ditadura militar. Nós reconhecemos o resultado das eleições, mas não abrimos mão de ser oposição ao PT.”

(Atualização às 13h do dia 10 de fevereiro de 2023 – A primeira versão deste texto afirmava que Eduardo Ribeiro teve conversas com os senadores citados. O senador Oriovisto, porém, disse que foi procurado por Ribeiro, mas não chegou a conversar com ele nesta semana.)

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