O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, enviou nesta quinta-feira (27/10) a integrantes do setor de energia um vídeo por WhatsApp em que pede voto em Jair Bolsonaro. No início do mês, já no segundo turno da eleição, Sachsida prometeu reduzir em até 10% as contas de luz no país, sem dar detalhes, em outro ato com benefícios eleitorais a Bolsonaro.

“Sou ministro de Minas e Energia do presidente Jair Bolsonaro. Esse é o presidente que dá uma chance a quem é pobre, a quem conseguiu vencer por seus méritos e sua família, defende a vida, a propriedade, a liberdade”, afirmou Sachsida no vídeo, de terno, aparentando estar em expediente público. O material foi enviado pelo ministro a profissionais do setor de energia, que engloba mercados como o de energia eólica, elétrica, solar e de gás.

O ministro citou ter visto vídeos de “pessoas muito ricas” pedindo voto em Lula. “Eu voto no presidente Bolsonaro. Eu fui pobre, sou trabalhador e dependo do meu trabalho para sobreviver. Não sou esses ricos bambambã que tem por aí não”, completou. Sachsida tem cargos de confiança no Ministério da Economia desde o começo do governo Bolsonaro. Hoje, como ministro de Minas e Energia, ganha um salário de R$ 31,5 mil líquidos.

No vídeo, Sachsida alegou que o eleitor bolsonarista defende ideias como “Trabalhador tem que ser respeitado”. Enquanto isso, a campanha de Bolsonaro tenta reverter o desgaste da divulgação de planos do Ministério da Economia de desvincular o aumento do salário mínimo da inflação.

“Se você se identifica comigo e com ideias simples do tipo: ‘Trabalhador tem que ser respeitado e lugar de bandido é na cadeia’, vote 22, Jair Bolsonaro. Com a graça de Deus”.

Procurado, o Ministério de Minas Energia não respondeu aos questionamentos da coluna.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Guilherme Amado (@guilhermeamado)