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Investigado por autopromoção, chefe da Caixa vira pescador em vídeo

Mesmo respondendo a um processo por usar a Caixa para se autopromover, Pedro Guimarães está em destaque nas imagens sobre ações da Caixa

atualizado

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Reprodução
Pedro Guimarães pescando
1 de 1 Pedro Guimarães pescando - Foto: Reprodução

O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, é a estrela de um vídeo produzido pelo banco sobre as ações do banco para pescadores exibido ontem (12/1) no Palácio do Planalto. Guimarães aparece com destaque nas imagens mesmo respondendo a um processo do TCU pelo uso do banco para se autopromover.

A apuração do órgão de controle quer saber se Guimarães usa a estrutura da Caixa para alavancar a sua imagem e se gabaritar para um cargo político.

Mesmo ainda sem conclusão, o processo já teve consequências. O banco excluiu fotos dele das redes sociais da estatal, entre outras medidas mitigadoras.

O filme vai na contramão dessas medidas, ao colocar Guimarães em uma posição de destaque, ora empurrando um barco que sai para pescar, ora alimentando peixes, entre outras diversas imagens que tentam passar a mensagem de proximidade dele com o dia a dia do beneficiado. O vídeo tem pouco menos de dois minutos e Guimarães é de longe quem mais aparece.

As imagens circulam amplamente em grupos de Whatsapp de funcionários da Caixa, que estão incomodados com o vídeo, já que o executivo não tem nenhuma razão para estar ali.

Guimarães é um dos raros integrantes da equipe econômica que está no cargo desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. Seu estilo emula em parte o do presidente, o que garantiu sua aproximação do chefe do Executivo, e dá pistas de que ele quer disputar cargos políticos, tamanha a exposição que busca.

Internamente, coleciona outras polêmicas. Na festa de fim de ano, expôs gerentes e vice-presidentes a situações vexatórias, como o episódio em que os coagiu a fazer flexões ou quando colocou um vice-presidente com deficiência física para dar cambalhota. Guimarães também criou um sistema interno que avalia vínculos políticos de funcionários, com o objetivo de coibir a promoção de pessoas de esquerda.

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