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General ministro do GSI diz ter sido ameaçado na invasão do Planalto

General Gonçalves Dias pediu afastamento do comando do GSI; general alegou a pessoas próximas que foi ameaçado e tentou conter golpistas

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
General Gonçalves Dias
1 de 1 General Gonçalves Dias - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O general Gonçalves Dias, ministro que se afastou do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), alegou a pessoas próximas nesta quarta-feira (19/4) que foi ameaçado por golpistas durante a invasão do Palácio do Planalto no 8 de janeiro e tentou retirar os terroristas do andar em que fica o gabinete presidencial. G. Dias pediu afastamento do cargo até o fim das investigações depois da divulgação de imagens que mostram seu comportamento nos atos golpistas.

Mais cedo, imagens das câmeras do Planalto mostraram G. Dias caminhando entre os invasores do palácio, como mostrou o repórter Leandro Magalhães. Pouco depois da publicação dessas imagens, o general alegou motivos de saúde e faltou a uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara, que estava marcada para esta quarta-feira (19/4).

 

Segundo disse a amigos, o ministro decidiu ir ao Planalto depois que os atos terroristas tinham começado. De acordo com a versão de G. Dias, ele foi ameaçado pelos invasores quando chegou ao palácio e evitou conflitos ao orientar os criminosos para que saíssem do terceiro andar, onde Lula despacha. O general alegou também que já havia informado o presidente desse episódio.

Até então, o GSI vinha se recusando a divulgar as imagens gravadas pelas câmeras do Planalto no 8 de janeiro. As negativas foram feitas em três frentes: um pedido da Câmara Federal, um pedido da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, e solicitações por meio da Lei de Acesso à Informação.

O comportamento do GSI no 8 de janeiro teve diversas falhas. Integrantes da pasta tentaram deixar os golpistas que saquearam o palácio saírem pelo térreo do prédio. Os radicais só foram presos por ordem da Polícia Militar. As câmeras do Planalto mostraram ainda que funcionários do GSI, subordinados de G. Dias, cumprimentaram e até serviram água para os extremistas no palácio.

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