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Deputado do PSL gasta R$ 441 mil com serviço que a Câmara oferece de graça

Márcio Labre gasta R$ 20,3 mil por mês com consultoria jurídica

atualizado

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O deputado federal Márcio Labre, do PSL do Rio de Janeiro, gastou um total de R$ 441 mil com a contratação de serviços de “consultoria e pesquisa”, que são oferecidos de graça pela Câmara dos Deputados. Só neste ano, as contratações de consultoria já somam R$ 121,8 mil.

Entre junho de 2019 e maio de 2020, Labre pagou R$ 16,5 mil mensalmente para o escritório do advogado Ricardo Wright Minussi Macedo, ex-assistente técnico do DEM. A empresa foi criada em março de 2019, depois que Macedo deixou o cargo no partido. Os pagamentos, segundo o deputado, foram pela produção de projetos, pesquisas, emendas, discursos e acompanhamento em comissões e plenário.

Ricardo Wright Minussi Macedo, ex-assistente técnico do DEM

A partir de junho de 2020, o deputado do PSL decidiu investir mais na área e contratou mais um escritório de advocacia, e o valor pago passou a ser de R$ 24,1 mil por mês. O escritório Beleza, Casagrande & Jaguaribe Advogados, aberto três meses antes, ganhava R$ 19,3 mil, e Wright Mussini passou a receber R$ 4,8 mil.

Em agosto, Labre encerrou o contrato com o Beleza, Casagrande & Jaguaribe Advogados e contratou Bruno Beleza — Sociedade Individual de Advocacia. Nos primeiros dois meses, o valor pago foi de R$ 12 mil e depois subiu para R$ 15,5 mil. Mesmo com novos advogados, o Wright Minussi continuou prestando serviços para o parlamentar.

Desde então, Labre gasta R$ 20,3 mil por mês com consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos. Contudo, em abril deste ano, abandonou os serviços do Wright Minussi e passou a pagar o mesmo valor para a Ferraresi Cavalcanti – Advogados. O valor gasto em 2021 com consultorias jurídicas e serviços advocatícios já equivalem a 54% da cota parlamentar disponível até agora.

A Câmara oferece aos deputados consultoria legislativa especializada em diversas áreas. Labre ainda conta com 19 secretários parlamentares exclusivos em seu gabinete.

A coluna questionou o parlamentar sobre os gastos com consultoria jurídica e por que ele não usa os serviços da Câmara, mas não obteve retorno.

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