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Crítico de museu, Salim Mattar usou Lei Rouanet para abater impostos

Fundado da Localiza afirmou ser um “absurdo investir num museu enquanto temos crianças abandonadas”

atualizado

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Alan Teixeira/Divulgação
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1 de 1 salim-mattar - Foto: Alan Teixeira/Divulgação

Ex-secretário do governo Bolsonaro, o empresário Salim Mattar se contradisse ao criticar a destinação de recursos públicos para a cultura, com o Museu da Língua Portuguesa. Neste domingo (1/8), Mattar afirmou ser um “absurdo investir num museu enquanto temos crianças abandonadas”. Entretanto, a Localiza, empresa fundada por Mattar, já teve R$ 8,4 milhões de incentivos a projetos culturais via Lei Rouanet, que permite a dedução de impostos.

A Localiza usou o mecanismo para apoiar 81 projetos desde 1995 até 2020, a maior parte feita enquanto Mattar estava na companhia. O empresário deixou a presidência da Localiza em 2013 e seu conselho de administração no fim de 2018.

O principal projeto apoiado pela Localiza, inclusive, foi um museu, o de Inhotim: recebeu um total de R$ 1,2 milhão.

Disse Mattar ontem:

“Criou-se uma comovente alegria com a reinauguração do museu da língua portuguesa. Absurdo investir num museu enquanto temos crianças abandonadas, moradores vivendo debaixo de viadutos e policiais sem as devidas condições para fazer segurança. PÉSSIMA ALOCAÇÃO DE RECURSOS!”.

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