Cinco meses depois, chacina do Jacarezinho permanece impune
MPRJ criou, em maio, uma força-tarefa com duração prevista de quatro meses, mas até agora o órgão não concluiu as investigações
atualizado
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A chacina do Jacarezinho, que vitimou 28 pessoas e se tornou a mais letal do Rio de Janeiro, completa cinco meses hoje e permanece impune. O Ministério Público do estado criou, em maio, uma força-tarefa com duração prevista de quatro meses, mas até agora o órgão não concluiu as investigações.
Em junho, a força-tarefa criada para apurar se houve uso excessivo de força pelo Estado oficiou a Secretaria Estadual da Policial Civil para o envio de informações que ainda estavam pendentes, mas até o início de setembro a Polícia Civil ainda não havia entregue todos os documentos requeridos.
Buscando a análise de uma perícia independente, o MPRJ enviou as roupas das 28 vítimas para perícia no Instituto de Criminalística de São Paulo. O IC não é subordinado à Polícia Civil Paulista como o IML é à Polícia Civil do Rio. Desde então, não há nenhuma atualização sobre o caso.
Paralelamente à força-tarefa que investiga as mortes por intervenção de agentes do Estado, o MPRJ também apura as denúncias de tortura dos seis presos que relataram, na audiência de custódia, terem sido torturados pelos agentes da Polícia Civil durante e após a operação. Também não há indiciados nesta investigação.

O foco da manifestação foi criticar a operação realizada no Rio Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Ouvidos em audiência de custódia no fim da tarde desse sábado (8/5), quatro dos seis presos na Operação Jacarezinho relataram que foram obrigados a carregar corpos para o caveirão

Marcas de tiros em parede na favela do Jacarezinho Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Beco com tiros na comunidade do Jacarezinho Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Jacarezinho após operação policial Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Parede com marcas de tiros no Jacarezinho Foto: Aline Massuca/Metrópoles