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CGU questiona pregões da Codevasf em Petrolina, reduto do centrão

CGU publicou três relatórios questionando necessidade de contratações pela Codevasf

atualizado

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Divulgação/Codevasf
Tratores Codevasf

A Controladoria-Geral da União (CGU) publicou três relatórios questionando pregões da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Petrolina, principal reduto do centrão em Pernambuco.

O órgão de controle do governo federal produziu avaliações, publicadas nesta quarta-feira (18/1), sobre pregões para comprar 150 retroescavadeiras por R$ 54 milhões, 172 máquinas de construção e caminhões por R$ 89,9 milhões e 210 tratores agrícolas por R$ 40,1 mil.

Nos três pregões, todos de 2022, a CGU concluiu que não foram apresentados critérios técnicos que justificassem as compras. Também apontou que a pesquisa de preços não foi realizada de forma adequada, o que pode gerar superfaturamento.

De 2019 a 2021, por exemplo, a Codevasf em Petrolina comprou 169 retroescavadeiras por ano. “Caberia questionar à estatal de quantas retroescavadeiras os 185 municípios abrangidos pela atuação da Codevasf no estado de Pernambuco necessitam para incentivar o desenvolvimento dessas regiões”, escreveu a CGU.

Sobre as máquinas, o apontamento é o mesmo: “Não foi apresentada de forma objetiva e transparente a demanda reprimida, entidades, municípios e regiões a serem contemplados, plano de distribuição dos equipamentos, a origem da demanda de compras, registros de audiências públicas ou levantamentos técnicos que apontaram a compra de 172 máquinas de construção e caminhões como solução para as famílias carentes que dependem da agricultura familiar”.

A Codevasf ainda não sofreu alterações de comando no governo Lula. O superintendente em Petrolina é Aurivalter Cordeiro, homem de confiança do senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB, que foi líder do governo Bolsonaro. O presidente da companhia é indicado do deputado Elmar Nascimento, do União Brasil.

A CGU recomendou ajustes nos estudos técnicos e nos editais das compras questionadas. Todas ainda estão em andamento. Os pagamentos são feitos conforme há necessidade de adquirir os equipamentos previstos nos editais.

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