Bolsonaro desconfiava dos próprios filhos, revela Eduardo
Eduardo Bolsonaro está lançando um livro sobre o pai: “Jair Bolsonaro: o fenômeno ignorado”
atualizado
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Eduardo Bolsonaro conta no livro que está lançando sobre o pai, “Jair Bolsonaro: o fenômeno ignorado”, que o presidente desconfiava dos filhos quando tentava se reeleger deputado federal. A suspeita, segundo o deputado, ocorreu ao longo dos anos 1990 e no começo dos anos 2000, quando Carlos e Flávio já eram vereador e deputado estadual, respectivamente.
Bolsonaro bolou uma estratégia para descobrir se os filhos ou assessores estavam realmente entregando suas cartas a eleitores, a principal forma de comunicação que o então deputado usava para manter contato com seus apoiadores. Ou, nas palavras de Eduardo, se não estavam “dando uma de malandro” e mentindo ao pai.
“Um dos instrumentos para isso eram as cartas-iscas. Para evitar que nós, os entregadores (eu, o Carlos, o Flávio e os assessores), déssemos uma de malandro, não entregando cartas e mentindo que entregamos, ele [Jair Bolsonaro] fazia o seguinte: incluía nas remessas de cartas de cada um algumas cartas para destinatários inexistentes. Então, se um de nós voltasse para a base dizendo que conseguiu entregar todas as cartas, o capitão já sabia que ali tinha mutreta, pois pelo menos a carta-isca tinha que ter voltado junto.”

Reprodução


Ele foi o filho que mais visitou o então presidente no Palácio do Planalto Rafaela Felicciano/Metrópoles

Assim como outros membros do clã Bolsonaro, Flávio também é conhecido por falas polêmicas. Ele, inclusive, já foi acusado de homofobia por frases como: "duvido que algum pai tenha orgulho de ter um filho gay" e que "o normal é ser heterossexual" Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2018, a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando descobriu indícios de "rachadinha" dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro. Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Fabrício Queiroz Reprodução/ Redes sociais

À época, o MPRJ descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Queiroz movimentou milhões em dinheiro com envolvimento de assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar o esquema. A investigação, no entanto, foi arquivada Rafaela Felicciano/Metrópoles

O vereador Carlos Bolsonaro é o filho 02 de Jair Bolsonaro Redes Sociais/Reprodução

Ele entrou 166 vezes no Palácio do Planalto para visitar o pai Hugo Barreto/Metrópoles

Ao longo dos anos, se envolveu em inúmeras brigas on-line. Em uma delas, após o general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, afirmar que há milícias digitais nas redes sociais. Com os ataques, Santa Cruz chegou a publicar um print insinuando que as redes sociais do presidente são, na verdade, comandadas por Carlos Alan Santos/Presidência da República

Após a exoneração de Santa Cruz, Carlos Bolsonaro passou a atacar o vice-presidente Hamilton Mourão. No Twitter, chamou Mourão de “traidor”, "queridinho da imprensa" e insinuou que ele queria tomar o lugar do chefe do Executivo Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Carlos Bolsonaro demonstrou irritação com "oportunismo" Reprodução

Carlos Bolsonaro havia deixado o comando das redes sociais do pai em abril Igo Estrela/Metrópoles

Eduardo Nantes Bolsonaro, nascido em 1984, é policial, advogado e político brasileiro. Natural do Rio de Janeiro, atualmente ocupa o cargo de deputado federal por São Paulo Igo Estrela/Metrópoles

Eduardo Bolsonaro Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2018, foi denunciado pela PGR ao STF por ameaçar a jornalista Patrícia Lelis. No ano seguinte, Eduardo e o presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais para criticar uma matéria da revista Época e incentivar ataques a jornalistas Paulo Sergio/Agência Câmara

Eduardo Bolsonaro ainda está irritado com Luís Roberto Barroso, do STF André Borges/Metrópoles

Em abril do mesmo ano, zombou das torturas que a jornalista Miriam Leitão sofreu durante a ditadura militar. Além disso, foi acusado pelo PT, PDT, PSB e Psol de desrespeitar parlamentares mulheres Hugo Barreto/Metrópoles

Jair Renan, nascido em 1998, é filho de Bolsonaro com uma das ex-esposa dele, Ana Cristina Siqueira Valle. Também conhecido como 04, é o quarto dos cinco filhos Matheus Portugal/Estúdio Jota

Ele foi o filho que menos visitou Bolsonaro no Planalto Igo Estrela/Metrópoles

À época da inauguração da empresa, um dos sócios de Renan afirmou que ganhou um carro elétrico da Neon Motors. Segundo investigações da PF, o automóvel teria sido doado para que "portas fossem abertas” para a companhia dona da Neon no governo Igo Estrela/ Metrópoles

A empresa de Jair Renan também apareceu nas apurações da CPI da Covid. Isso porque a firma foi fundada com a ajuda de Marconny Faria, apontado pela comissão como lobista da Precisa Medicamentos na compra da vacina Covaxin Reprodução/Instagram

A caçula do presidente é Laura, fruto do casamento de Jair com Michelle. Em geral, aparece pouco nas redes sociais Reprodução