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Arcebispo aponta incômodo por Bolsonaro ora parecer católico, ora evangélico

Arcebispo do Santuário de Aparecida, dom Orlando Brandes manifestou incômodo por Jair Bolsonaro aparentar ser católico e evangélico

atualizado

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Thiago Leon/A12
Depois do encontro com evangélicos em BH, o presidente Bolsonaro foi ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo
1 de 1 Depois do encontro com evangélicos em BH, o presidente Bolsonaro foi ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo - Foto: Thiago Leon/A12

Arcebispo do Santuário de Aparecida, em São Paulo, dom Orlando Brandes manifestou nesta quarta-feira (12/10) incômodo com o fato de Jair Bolsonaro aparentar ser católico e evangélico ao mesmo tempo.

Questionado sobre a presença do presidente, na cerimônia religiosa desta quarta-feira, Brandes reagiu:

“Não podemos julgar, mas precisamos ter uma identidade religiosa. Ou somos evangélicos ou somos católicos. Precisamos ser fiéis à nossa identidade católica, mas, seja qual for a intenção, vai ser bem recebido, porque é o nosso presidente”, disse o arcebispo.

A dúvida na cabeça do brasileiro não é à toa. Bolsonaro de fato não é claro na comunicação sobre qual é sua religião. Beneficia-se dessa dúvida há anos, fazendo o eleitorado evangélico acreditar que tem no presidente um fiel como ele. E seu comportamento de fato leva à conclusão errada.

O principal episódio para gerar essa confusão ocorreu em maio de 2016, quando Bolsonaro foi abençoado pelo pastor Everaldo, anos depois preso por suspeita de corrupção, no Rio Jordão. A foto foi amplamente divulgada nas redes do então deputado sem a explicação do que se tratava exatamente. Quem viu acreditou que tratava-se de um batismo evangélico. É comum até hoje que legendas para essa foto informem que era um batismo.

Leia aqui um histórico de como Bolsonaro, que nunca foi um político religioso, passou a usar a pauta evangélica para se projetar e ampliar seu eleitorado.

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