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Agente do Ibama que apreendeu aves de Anderson Torres atacou Bolsonaro

Roberto Cabral chamou Jair Bolsonaro de “vergonha” e “acidente de percurso”; analista ambiental tentou vaga na Câmara pela Rede, em 2022

atualizado

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Roberto Cabral, agente do Ibama
1 de 1 Roberto Cabral, agente do Ibama - Foto: Reprodução

Roberto Cabral, funcionário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que apreendeu 55 aves de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, fez diversos ataques ao governo Bolsonaro e se candidatou a deputado pela Rede em 2022. Cabral chamou Bolsonaro de “vergonha” e “acidente de percurso”.

O analista ambiental foi o responsável pela operação do Ibama que apreendeu pássaros na casa de Anderson Torres em abril do ano passado. Nessa época, o ex-ministro estava preso sob suspeita de atuar nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ao menos 16 das 55 aves de Torres morreram sob a guarda do Ibama. Além das mortes dos animais, Torres pediu que a Polícia Federal investigue o sumiço de sua ave mais valiosa.

Em 2022, Roberto Cabral se candidatou a deputado federal pela Rede e não foi eleito. Durante a campanha, fez diversos posts nas redes sociais atacando o então presidente. Em julho daquele ano, o servidor afirmou sobre o governo Bolsonaro: “O tempo agora está contra vocês. Cada dia a mais é um dia a menos”. No mês seguinte, compartilhou uma publicação de Anitta ridicularizando Bolsonaro e acusando-o de “mentir”, “roubar obra do Lula” e “defender corrupto”.

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“O senhor [Bolsonaro] é uma vergonha para servidores, políticos e presidentes brasileiros. Deveria se portar com mais educação”, escreveu Cabral em agosto de 2022. Poucos dias depois, afirmou: “Livre do Bolsonaro. Primeiro passo para salvar a Amazônia é salvar o Brasil deste acidente de percurso”. Cabral teve 2,9 mil votos e não foi eleito.

Procurado, Roberto Cabral negou haver conflitos no caso. Afirmou ser contra o governo Bolsonaro e disse que não mistura posições pessoais com sua atuação profissional.

“Não vejo nenhum conflito porque não misturo minhas posições pessoais com a vida profissional. Sou abertamente contra o governo Bolsonaro porque sou cidadão e a favor da democracia. Não existiu nenhum direcionamento para a ação em relação ao Anderson Torres. Apenas faço a distinção entre infratores ou não”, disse o funcionário do Ibama.

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metropoles.comGuilherme Amado

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