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Rodoviária privatizada: Ibaneis garante que passagem não terá reajuste

Privatização da Rodoviária do Plano Piloto foi aprovada na CLDF. Alguns deputados manifestaram preocupação com possível aumento de passagem

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Movimentação em Rodoviária do Plano Piloto lotada após fechamento de estações do metrô por causa de problemas de sinalização
1 de 1 Movimentação em Rodoviária do Plano Piloto lotada após fechamento de estações do metrô por causa de problemas de sinalização - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após a aprovação da concessão da Rodoviária do Plano Piloto e da publicação da Lei que autoriza a privatização, o governador Ibaneis Rocha (MDB) garantiu que não haverá aumento no valor da passagem no Distrito Federal. O assunto gera polêmica desde a sessão em que o projeto foi aprovado na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Alguns deputados distritais manifestaram preocupação com a possível alta no preço da tarifa.

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o chefe do Executivo local frisou que o aumento “com certeza, não vai acontecer”.

“Com certeza, não vai acontecer. A gente tem um sistema de transporte bastante oneroso para o governo, onde a gente cobre quase 70% do custo do transporte do Distrito Federal. A concessão vem após um estudo muito bem feito através da Secretaria de Parcerias Público Privadas e da Secretaria de Mobilidade. Foi um processo que passou pelo Tribunal de Contas da União, recebendo todas recomendações do Tribunal de Contas do Distrito Federal”, disse. 

Ibaneis ainda afirmou que o governo não tem condições de gerir a Rodoviária. “Nós temos muita segurança de que será um avanço muito grande para o Distrito Federal e vai resolver um problema de décadas da nossa cidade. Aquilo ali [a rodoviária]  não dá para ser gerido pelo serviço público”. 

Falta de ônibus e pagamentos

Durante a entrevista, Ibaneis afirmou que o Executivo cobra das empresas de ônibus a renovação da frota e revelou que novos veículos da Viação São José devem ser entregues em janeiro de 2024, por exemplo.

“Estamos cobrando isso nas demais empresas que já adquiriram esses veículos e, ano que vem, devem colocar na praça para atender melhor a comunidade do Distrito Federal”.

O governador ainda falou sobre a dificuldade relacionada aos pagamentos do transporte público. “Esse é um grande gargalo que nós temos. O orçamento do ano passado foi um orçamento que não contemplou todos os gastos que nós tínhamos. Agora estamos trabalhando no ajuste das tarifas para que a gente possa ter uma condição melhor”.

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Ibaneis afirmou que as gratuidades relacionadas ao transporte geram um ônus de R$ 2 bilhões para os cofres públicos por ano. “É um valor astronômico, mas que, este ano, nós tivemos mais problemas para pagar, porque o orçamento que foi aprovado ano passado não contemplava todos os pagamentos que eram devidos às empresas e ainda estamos sofrendo os impactos da pandemia”. 

“Isso tudo impactou nas contas deste ano e impacta diretamente na conta das empresas. Porque, se elas não recebem, não têm condições de prestar o melhor serviço […]. E a gente espera que, para o ano de 2024, consigamos fazer esse ajuste pagando todos os atrasados, dando condições às empresas de fazer a renovação do transporte, pagando as faturas em dia”, completa. 

Troca de cobradores

A fim de diminuir o valor da tarifa sem alterar as gratuidades já existentes, o governador avalia trocar os cobradores dos ônibus por equipamentos.

Toda vez que vai mexer nessa questão das gratuidades, você tem uma reclamação muito grande da população. Já se acostumaram com isso. Eu acho que é quase que impossível conseguir mexer na questão da gratuidade. Mas, um tema que está em voga agora, que pode diminuir um pouco a tarifa ou pode até estabilizar o sistema, é a questão da troca por aparelhos, tirando os cobradores”.

Ibaneis frisa que a questão é discutida com sindicatos e empresas para que os cobradores não fiquem desempregados.


“A gente não quer que ninguém fique desempregado. Nós estamos negociando com as empresas para que todos esses empregados permaneçam dentro do sistema, em outras funções. A gente vem negociando isso com as empresas e com o sindicato também, de modo que a gente possa ter essa redução do custo de vez em virtude dos validadores, que serão todos eletrônicos, e a gente não terá mais necessidade de os cobradores estarem presentes”. 

Metrô

O chefe do Executivo local defendeu a privatização do Metrô-DF. Segundo ele, capitais onde o transporte foi concedido à iniciativa privada, as linhas funcionam “muito bem”.

“Onde foi feita essa concessão nós tivemos grandes avanços. O caso de São Paulo, que tem quase todas as linhas concedidas, funciona muito bem. Aqui no Distrito Federal, nós teríamos que fazer um investimento muito alto no metrô e o governo não dispõe desse recurso. A gente vem fazendo investimentos, tem a previsão de compra de novos carros, de reforma da parte de alimentação, de energia”, disse. 

“O presidente do Metrô vem trabalhando junto com sua equipe para que a gente tenha a melhor modernização. Conseguimos lançar a licitação da expansão de Samambaia. Está em fase final para lançar a licitação de expansão de Ceilândia também, o que vai melhorar o sistema vai alimentar cada vez mais essas regiões. Mas, eu acredito muito na concessão do metrô como uma das soluções definitivas”, completa.

 

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