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Mortes em vias urbanas do DF caíram 78% no 1º trimestre de 2023, diz diretor-geral do Detran-DF

Em entrevista ao Metrópoles, Marcelo Portela falou sobre a redução de mortes, educação no trânsito e paralisação de servidores

atualizado

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Reprodução/Vídeo Metrópoles
Homem de terno está sentado gesticulando com as mãos para o lado esquerdo
1 de 1 Homem de terno está sentado gesticulando com as mãos para o lado esquerdo - Foto: Reprodução/Vídeo Metrópoles

As mortes registradas no trânsito em vias urbanas do Distrito Federal, no 1º trimestre de 2023, caíram 78% no período de uma década, segundo o diretor-geral do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), Marcelo Portela.

Em entrevista ao Metrópoles, nesta terça-feira (23/5), Portela disse que, de janeiro a março de 2014, ocorreram 38 mortes nas ruas internas da capital federal. No mesmo período de 2023, oito pessoas perderam a vida nas vias urbanas do DF.

“Toda vez que a gente fala em segurança de trânsito, a gente lembra dos três E: educação no trânsito, engenharia de trânsito e o esforço legal de fiscalização. Esses três pilares andam sempre juntos e o Detran faz muito esforço para que esses pilares sejam desenvolvidos de forma correta. Alcançamos bons resultados como esses que foram registrados no início do ano”, afirmou.

Portela é delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e assumiu o cargo de diretor-geral do Detran em agosto de 2022. Na entrevista, o gestor disse que percebeu a mudança na educação do trânsito nos últimos anos. Enquanto delegado, disse que presenciou como as ruas passaram de “autódromos” a espaços seguros.

“Eu sou nascido e criado em Brasília. As colisões de veículo tinham proporções muito graves. E o que houve, realmente [com o passar dos anos]? Houve educação. Você vê que Brasília tem aquela questão [do respeito à faixa de pedestre] que tanto nos orgulha”, afirmou.

Assista à entrevista na íntegra:

Paralisação

Durante a entrevista, o diretor-geral do Detran-DF também falou sobre a paralisação de agentes de trânsito marcada para esta sexta-feira (26/5), sábado e domingo. A greve temporária ocorre em meio à realização do Pentecostes, evento anual de grande porte da Igreja Católica.

Portela disse que o movimento é de um sindicato recém-criado e que não tem “pauta”, já que os agentes de trânsito do DF “são os mais bem remunerados do país”.

Segundo o diretor-geral do Detran-DF, a paralisação ocorre após a revisão das escalas noturnas do órgão. Portela disse que o Tribunal de Contas do DF (TCDF) questionou o motivo de a escala noturna não atingir as 40 horas semanais de trabalho obrigatórias ao agente de trânsito por lei.

Diante da provocação do TCDF, segundo Portela, o Detran-DF identificou que 50% dos profissionais operacionais ficavam no horário noturno, de madrugada. “Você sabe dizer quantas mortes foram registradas neste ano [neste horário]? Nenhuma. Ou seja, é muito mais importante para o interesse público que esses agentes estejam onde há registro de maior número de acidentes e onde haja um intenso fluxo de veículos”, pontuou.

A coluna tentou contato com o Sinatran-DF, apontado como responsável pelo movimento de paralisação, mas não conseguiu. O site oficial exige login e senha pré-registrados para acesso, ou seja, não há possibilidade de criar novo cadastro. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

O Sindetran-DF, sindicato mais antigo e reconhecido de servidores da autarquia, não apoia greve deste fim de semana. O agente e presidente do Detran-DF, Heitor Martins de Oliveira, disse à coluna que o Sindetran-DF questiona administrativamente a criação do Sinatran-DF.

“O Sinatran-DF foi criado no apagar das luzes do governo de Jair Bolsonaro, pelo ministério responsável. Temos aproximadamente 750 associados. A gente não reconhece a carta sindical do Sinatran-DF, por isso, estamos questionando administrativamente e iremos levar à Justiça”, afirmou.

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