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Mãe e padrasto de Lázaro trabalhavam na chácara de sogro do delegado-geral da PCDF: “Prendê-lo é questão de tempo”

Eva e Léin, mãe e padrasto do maníaco Lázaro, eram funcionários na propriedade do sogro do delegado-geral da PCDF, Robson Cândido

atualizado

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André Borges/Metrópoles
Robson Cândido, diretor-geral da PCDF
1 de 1 Robson Cândido, diretor-geral da PCDF - Foto: André Borges/Metrópoles

Parte da dificuldade da polícia para capturar o maníaco Lázaro Barbosa, acusado de matar quatro pessoas da mesma família, pode ser explicada pelo perfil do criminoso. Lázaro, 32 anos, passou toda a vida trabalhando em fazendas de Goiás. Ele permanece escondido num ambiente inóspito, mas que conhece como ninguém.

Reconhecida nacionalmente pelo índice de efetividade na solução de casos complexos, a Polícia Civil do Distrito Federal confirma que a captura de Lázaro apresenta particularidades. A avaliação é do próprio delegado-geral da PCDF, Robson Cândido.

Além do comando que o cargo de delegado-geral lhe confere, Robson tem autoridade para traçar o perfil do assassino. A mãe de Lázaro, Eva, e o padrasto do criminoso, Léin (apelido), trabalharam na chácara do sogro de Robson até o dia em que o foragido fez a família Vidal vítima, na semana passada. Eva fazia queijos a partir do leite tirado das vacas criadas na propriedade. E Léin era o caseiro da chácara.

“Não há absolutamente nada que desabone a mãe e o padrasto de Lázaro. Mas o fato de conhecê-los, e também ao filho, me permite ter uma compreensão mais aguçada sobre o caso. Lázaro tem antecedentes e, ao que tudo indica, teve um surto psicótico. Ele nasceu e foi criado em um ambiente de fazenda. Trabalhou e circulou a vida toda no mato. Conhece essa região como poucos. Em função dessa circunstância, ele tem conseguido se camuflar na mata, mas sem percorrer grandes distâncias. Capturá-lo será uma questão de tempo”, disse Robson.

O delegado-geral da PCDF detalhou que policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE), da Divisão de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Penal e da Patamo estão fortemente engajados na operação para capturar o criminoso. A Polícia Civil do Distrito Federal mobilizou um caminhão-combustível; uma aeronave com câmera infravermelho, que permite a visão noturna; além de viaturas e dos próprios policiais.

Tão logo Lázaro tornou-se foragido, a mãe dele foi ouvida, em depoimento, pela PCDF. Depois, Eva e Léin partiram para a Bahia. Com a enorme repercussão dos assassinatos em série, o casal ficou com medo de sofrer represálias e preferiu deixar a região.

“A mãe de Lázaro se queixava de o filho ter se enveredado para o caminho do crime. Mas nunca imaginou que ele seria capaz de tamanha barbaridade”, afirmou o delegado-geral da PCDF.

Na tarde desta quarta-feira (16/6), Robson foi pessoalmente até a região onde ocorrem as buscas por Lázaro, em Goiás. O delegado-geral da PCDF compartilhou com a polícia goiana informações estratégicas na tentativa de acelerar o desfecho do caso.

“Não vamos descansar enquanto Lázaro estiver foragido. Alguns dos nossos policiais estão há três dias sem sequer tomar banho. Todos os nossos esforços estão voltados para esta missão”, disse Robson Cândido.

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