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Genro de desembargadora do TJDFT é delator de esquema criminoso

Em colaboração com a Justiça, o empresário José Henrique Gonçalves apresentou provas que culminaram na prisão de seis pessoas em Mato Grosso

atualizado

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TJDFT/Marcia Foizer
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1 de 1 Untitled11 - Foto: TJDFT/Marcia Foizer

Delator de um esquema de desvio de dinheiro público alvejado por operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT) deflagrada nessa quarta-feira (9/5), o empresário José Henrique Gonçalves é genro da desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Leila Cristina Garbin Arlanch (foto em destaque).

O empresário é casado com a advogada Ana Luiza Garbin Arlanch. Assim como a mãe, Ana Luiza é servidora da Corte brasiliense, onde ocupa cargo de técnico judiciário há cerca de um ano. De férias, a desembargadora não foi encontrada pela equipe de comunicação do tribunal para comentar o envolvimento do genro no esquema de corrupção.

Batizada de Operação Bônus, a investigação apura o desvio de dinheiro público do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) e o pagamento de R$ 30 milhões em propina para os integrantes do esquema.

Ao todo, seis pessoas foram presas, em Cuiabá e em Brasília. Entre elas, o deputado estadual Mauro Savi (PSB) e dois primos do atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB).

Alvo de uma investigação anterior, José Henrique Gonçalves é a principal fonte do inquérito. Ele apresentou à Justiça conversas por WhatsApp que comprovariam a participação no esquema criminoso dos empresários e políticos detidos.

De acordo com o MPE-MT, José Henrique e o pai, José Ferreira Gonçalves Neto, sócios da EIG Mercados, eram responsáveis por movimentar a “engrenagem da propina” no esquema de desvio e lavagem de dinheiro.

Responsável por um contrato com o Detran-MT para o financiamento de veículos, a empresa é suspeita de desviar parte dos recursos em favor de membros da autarquia e de políticos.

Confira a íntegra da decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que autorizou as prisões.

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