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Foragido da Justiça, Iohan quer divulgar sua versão antes de ser preso

Desde segunda-feira (21/9), as autoridades do DF pediram a inclusão do servidor da Saúde no cadastro nacional de foragidos da Justiça

atualizado

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Iohan Andrade Struck
1 de 1 Iohan Andrade Struck - Foto: null

Foragido da Justiça, Iohan Andrade Struck deve se entregar às autoridades em breve. Ele é considerado peça fundamental no suposto esquema de corrupção montado junto à cúpula da Secretaria de Saúde para desviar dinheiro púbico.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios aponta que Iohan e seus comparsas teriam roubado, pelo menos, R$ 18 milhões dos cofres do GDF. O MPDFT chegou a pedir ressarcimento solidário de R$ 46 milhões a Iohan e a outros 14 denunciados.

Foragido desde 25 agosto, Iohan busca costurar uma colaboração com o MPDFT por meio de seus advogados. Ele quer contar sua versão aos promotores, mas tem feito de tudo para evitar a prisão. Desde essa segunda-feira (21/9), as autoridades do DF pediram a inclusão do servidor da Saúde no cadastro nacional de foragidos da Justiça.

Os advogados de Iohan tentam criar narrativa que favoreça o cliente a partir da negociação de entrevistas do foragido com veículos de comunicação. Em um vídeo, gravado pelo próprio Iohan e armazenado em um pen-drive, o denunciado também se defende das acusações. Os defensores do servidor planejam entregar o dispositivo a veículos de imprensa antes de Iohan se apresentar às autoridades.

A estratégia de Alexandre Adjafre, que faz a defesa de Iohan Struck, é no sentido de mostrar o valor de seu cliente para os promotores. Em conversas que Adjafre manteve com a reportagem na tentativa de negociar uma entrevista, ele disse que Iohan tinha informações relevantes e inéditas para subsidiar outras linhas de investigação do MP.

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O que pesa contra Iohan

De acordo com a denúncia feita pelo MPDFT, Iohan Struck, como Subsecretário de Administração Geral (SUAG), era a pessoa incumbida de conduzir os procedimentos licitatórios de modo a viabilizar a vitória da empresa previamente escolhida pelo grupo.

Segundo os promotores, o servidor, além de realizar atos fraudulentos no âmbito de suas atribuições, chegava a concentrar para si atos administrativos importantes, como a pesquisa de preço – que, na maioria das vezes, sequer ocorria e que, quando existia, era viciada.

Nessa linha, os promotores apontam que o denunciado ainda se movimentava para buscar a efetivação do certame, como no caso em que ele conseguiu obter no Fundo de Saúde do Distrito Federal verba até então inexistente para contratar a empresa Biomega.

“Vale dizer, era a pessoa responsável por providenciar o encaminhamento necessário aos procedimentos até o seu desfecho desejado pela organização criminosa”, diz a denúncia do MPDFT sobre Iohan.

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